CANOAS | Mulher que matou marido a machadadas e o filho envenenado é condenada a 37 anos de prisão

FOTO: Polícia Civil/Divulgação

Da redação | Depois de quase 11 horas de julgamento no Fórum de Canoas na última terça-feira (27), Elisângela Rius, conhecida pela polícia como “Viúva-Negra”, foi condenada a 37 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos assassinatos do marido e do filho e pela ocultação dos cadáveres. Os crimes ocorreram em um intervalo de quatro meses, em 2013.

Antes de ir para o Presídio Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre, onde está detida desde 2016, Elisângela vivia de forma clandestina. Saía de casa somente às escondidas, usando uma peruca loira.

O disfarce e o fato de ter matado o próprio companheiro deram a ela o apelido de “Viúva-Negra”. Ela foi presa após a mãe denunciá-la à polícia, alegando temer por sua vida, já que vinha sendo ameaçada.

Ontem, a juíza Betina Mostardeiro Mühle de Constantino, que presidiu o júri, aceitou a argumentação da promotoria de que a ré participou ativamente do assassinato do marido, Patrick Moraes Marques, na época com 27 anos, e do filho, Eduardo William Rius Mebius, morto aos 16.

O advogado de Elisângela, Francisco Rodrigues Alves, disse que irá recorrer da decisão. “A defesa considera que o inquérito policial produzido não aponta para a autoria nem participação dela”, afirma

Entenda o crime

Em julho de 2013, Patrick Marques foi encontrado morto, com o corpo carbonizado, em Cachoeirinha, próximo ao limite com Canoas. A perícia constatou que ele havia sido assassinado a machadadas e teve o corpo jogado no local.

No começo de outubro daquele mesmo ano, Eduardo foi encontrado morto em circunstâncias semelhantes, tendo o corpo sido abandonado em Triunfo.

Nos dois casos, Elisângela registrou o desaparecimento dias depois do sumiço. Exames periciais mostraram sinais de envenenamento por medicação nas duas vítimas.

A suspeita da polícia é de que Elisângela teria cometido o primeiro crime por interesse financeiro. Depois, teria matado o filho para garantir sua impunidade.

Em depoimento, ela negou a autoria dos fatos. Em 29 de março de 2016, foi presa após ter a prisão temporária decretada pela Justiça.

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