CASO BERNARDO | Mãe do menino se suicidou no consultório do pai

Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Da redação | Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini, se suicidou em 2010. Ela foi encontrada sem vida no consultório do pai da criança, Leandro Boldrini.

O caso foi reaberto meses depois da morte de Bernardo, a pedido da avó materna. A suspeita era que ela tivesse sido assassinada e Leandro era apontado como suspeito. Nessa nova investigação da Polícia Civil foram ouvidas 55 pessoas.

De acordo com a conclusão das investigações, a mãe do menino Bernardo cometeu suicídio, em fevereiro de 2010, no consultório médico de Leandro Boldrini. “A conclusão da Autoridade Policial e o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público não estão dissociados das provas apresentadas no Inquérito Policial, sendo inviável determinar que a polícia judiciária faça novas diligências”, afirmou a decisão da juíza Vivian Feliciano.

O laudo da perícia grafotécnica realizada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) também atestou que a letra da carta deixada por ela era mesmo de Odilaine. A investigação foi aberta em maio de 2015 após a família questionar o resultado do inquérito aberto na época da morte. O IGP afirma que a carta era mesmo de Odilaine por conta das características da escrita e grafias diferentes. “Concluíram os peritos oficiais que os escritos e a assinatura da carta encontrada na bolsa da vítima no dia dos fatos foi produzida pelo mesmo punho escritor que produziu o material padrão analisado, ou seja, por Odilaine Uglione”, afirmou a juíza Vivian.

Segundo a polícia, nenhum elemento indicou homicídio. Embora ela tivesse uma relação conflituosa com o marido e pai do menino, o médico Leandro Boldrini, não foram encontrados indícidios de indução de suicídio. “Além de ser esta uma atribuição do órgão acusador, as inconformidades da parte interessada não trouxeram elementos novos, desconhecidos da autoridade policial, a serem investigados, tampouco, mostram-se suficientes para afastar o conjunto de provas que apontam para o suicídio da vítima”, ressaltou a magistrada.

O pai de Bernardo também participou da reconstituição da morte, no antigo consultório dele em Três Passos, também no Noroeste do estado, local onde Odilaine foi encontrada morta com um tiro na cabeça.

Bernardo foi assassinado quatro anos depois da morte da mãe
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