Foto: PolĂcia Civil/Divulgação
Da redação | Uma mulher foi presa no bairro Mathias Velho, em Canoas, na RegiĂŁo Metropolitana. A ação foi realizada pela 1ÂȘ Delegacia de PolĂcia durante prosseguimento a Operação Feudo. Armas e dinheiro foram apreendidos.
Operação Feudo
A PolĂcia Civil deflagrou a Operação Feudo. O objetivo era impedir a formação de um novo grupo criminoso na RegiĂŁo Metropolitana. O grupo criminoso, que tinha sede no bairro Mathias Velho, Ă© dissidente de outro jĂĄ atuante no estado.
A investigação que durou cerca de dois meses e foi coordenada pelo delegado Rafael Pereira, titular da 1ÂȘ Delegacia de PolĂcia, apurou que o pilar desta nova facção, estabeleceu sua base ao dominar o territĂłrio em Canoas e regiĂŁo. Eles estavam controlando parte da distribuição e da venda de drogas. No local, onde as ordens judiciais foram cumpridas, os policiais apreenderam anotaçÔes que contabilizam a venda de entorpecentes que apontavam a comercialização de mais de R$ 500 mil em drogas, cĂąmeras de segurança, celulares e notebook.
Sistema da Idade MĂ©dia
Feudo era o nome de uma grande propriedade territorial que tinha sua organização econĂŽmica, polĂtica, social e cultural baseada no feudalismo que era um sistema praticado durante a Idade MĂ©dia.
TambĂ©m chamado de feudo medieval, este espaço era utilizado para produção e fonte de renda autossustentĂĄvel. A propriedade territorial era concedida aos indivĂduos por um poderoso senhor em troca de fidelidade e ajuda militar. Segundo a polĂcia, os integrantes da nova facção agiam de forma semelhante aos senhores feudais. Eles cobravam pedĂĄgios para que os traficantes de pequeno porte praticassem atividades criminosas, seja elas, qual fossem.
Conforme o delegado Thiago Carrijo, que coordenou a execução da operação, âtal afirmativa tem como base as investigaçÔes realizadas por policiais civis, que obtiveram informaçÔes de que as lideranças conseguiram negociar a compra de drogas e armamento atravĂ©s das conexĂ”es oriundas do Mato Grosso do Sul e do ParanĂĄ.
Além disso, os integrantes, dissidentes do outro grupo criminoso, atuavam de forma agressiva, propagando o terror com a utilização de armas, aproveitando-se da força e das ameaças provenientes desta nova aliança.
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O diretor da 2ÂȘ DPRM â Regional de Canoas, delegado Mario Souza, reiterou que âo enfrentamento ao crime organizado Ă© um dos nortes da gestĂŁo operacional da regiĂŁo. Nossa operação visava antecipar a atuação e desarticular essa facção que pretendia se formar na RegiĂŁo Metropolitana.â
AlĂ©m disso, o delegado ainda ressaltou que âessa operação Ă© tambĂ©m consequĂȘncia da ocorrĂȘncia de homicĂdios em Canoas, visto que a diretriz operacional na regiĂŁo Ă© onde ocorrer crime de homicĂdio deverĂĄ ocorrer maior atenção e energia nas açÔes da PolĂcia Civil, jĂĄ que o combate ao homicĂdio e prioridade por aquiâ. O titular da 2ÂȘ DPRM concluiu enfatizando que âesses crimes violentos foram esclarecidos e que as investigaçÔes continuam.â