CACHOEIRINHA | “Os questionamentos são todos explicáveis”, diz prefeito após abertura do processo de impeachment

Foto: Arquivo/ AL-RS

Da redação | A Câmara Municipal de Cachoeirinha votou e aprovou na noite de terça-feira (30) a abertura do processo de impeachment do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB). A denúncia, de 500 páginas, foi protocolada momentos antes da sessão legislativa do dia pelo advogado Lucas Matheus Hanish.

Conforme o documento encaminhado para apreciação do Legislativo, o prefeito é acusado de ter cometido infrações político-administrativas, entre elas, por ter se ausentado da cidade sem autorização da Câmara e não prestado contas da gestão entre 2017 e 2019.

O autor do pedido participou da campanha de Miki Breier à prefeitura ao prestar assessoria jurídica. Após a vitória do candidato, o advogado não recebeu cargos no Executivo, mas passou a ser procurador-geral da Câmara. Ele saiu com a troca do presidente da Casa.

Recebi com surpresa, mas como sou democrático, acato a decisão da Câmara, que já sorteou os vereadores e formou a Comissão Processante. Agora é fazer os esclarecimentos sobre esse caso, de um cidadão que, na verdade, tentou espaço na Prefeitura e na Câmara, mas não teve sucesso e fez um movimento de retaliação”, destaca o prefeito.

Em nota, o PSB estadual repudiou o pedido de impeachment contra o chefe do Executivo Municipal.

O partido esclarece que o advogado Lucas Matheus Hanisch foi, este ano, contratado pelo PSB para prestar serviços jurídicos de apoio aos municípios, mas em nenhum momento ele informou ou fez algum relato sobre qualquer tipo de situação irregular em Cachoeirinha, tampouco deu indícios de que pretendia tomar tal decisão”, diz trecho da nota.

Miki Breier afirmou estar tranquilo com a situação e que vai responder aos questionamentos contidos no processo.

Os questionamentos são todos explicáveis. Alguns apontamentos administrativos são fáceis de responder, mas sabemos que não é só isso. Confiamos no bom senso dos vereadores e vamos seguir dialogando e apresentando as razões aos vereadores para continuar administrando a cidade” finaliza Miki Breier.

Os vereadores terão até 90 dias para que o caso seja apreciado pela Comissão Processante, que é formada pelo presidente Marco Barbosa (PSB), relator Duda Keller (PRB) e Alcides Battini (MDB). Todos votaram favoráveis à abertura do processo na terça-feira.

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