Segurança ajuda criminosos a assaltar cemitério em Canoas

Ele avisava aos bandidos qual era a melhor hora para entrar no local

Agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Canoas descobriram que o segurança de uma empresa particular que prestava serviços ao Cemitério São Vicente ajudou os criminosos a entrarem no local para cometer assaltos. Ele é um dos da Operação Furem Capere II, deflagrada na última quarta-feira (19).

Foram três assaltos ao local em 2020. A investigação apurou que ele sinalizava aos criminosos quando era a melhora hora de ingressar no local. “Ele facilitou o roubo desse cemitério. Durante o assalto, uma colega que estava lá por razões pessoais, impediu a ação deles. Houve troca de tiros, eles tentaram matá-la”, conta a delegada Miriam Thomé, titular da 2ª Delegacia de Polícia.

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A colega citada pela delegada é uma policial civil que estava no velório da avó quando criminosos armados invadiram o cemitério São Vicente. Eles trocaram tiros com ela após tentar roubar os pertences de quem estava no local. O trio, sendo que dois já tinham sido presos pela Brigada Militar, também poderá responder pela tentativa de homicídio contra a policial.

Operação

objetivo era prender criminosos que assaltam pedestres, comércios e roubam veículos nos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças. Os crimes ocorreram entre novembro de 2020 e março de 2021.

Durante a investigação, os policiais da 2ª Delegacia de Polícia de Canoas, descobriram um grupo criminoso que agia com violência e sempre usando arma de fogo. Em um dos casos, eles chegaram a espancar uma idosa. “Eles usavam muita violência durante os crimes”, afirma a delegada.

Um dos alvos da operação é acusado de participar de uma sequência de assaltos ao Cemitério São Vicente. Foram três só em 2020. O criminoso era segurança da empresa particular que prestava serviços ao Grupo Cortel, que administra o local. “Ele facilitou o roubo desse cemitério. Durante o assalto, uma colega que estava lá por razões pessoais, impediu a ação deles. Houve troca de tiros, eles tentaram matá-la”, conta a delegada. A policial estava no enterro da avó quando foi surpreendida pelos criminosos.

Na ação, que terminou com seis presos, os mais de 70 policiais envolvidos na ação cumpriram 20 ordens judiciais, sendo 11 de busca e apreensão e o restante de prisão preventiva. “Todos os presos tem antecedentes criminais”, acrescenta a delegada. Foram apreendidas armas, objetos roubados e documentos.

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