CANOAS e ESTEIO | Mais de 300 venezuelanos vieram para o Rio Grande do Sul nesta semana

FOTO: Exército Brasileiro/Divulgação

Da redação | O governo federal transferiu nesta semana, mais 377 venezuelanos para abrigos em Canoas e Esteio, no Rio Grande do Sul, durante as etapas do processo de interiorização. As famílias chegaram ao Brasil pela fronteira em Roraima e estavam em abrigos das NaçÔes Unidas em situação de extrema vulnerabilidade. Os imigrantes aceitaram participar da iniciativa criada para conduzí-los até outras cidades brasileiras.

Uma das famĂ­lias que chegaram hoje em Canoas Ă© a de Rower e Yulismar Laffont. Pais de Roysmar, de 4 anos, e da pequena Roisbelys, que nasceu em solo brasileiro hĂĄ apenas um mĂȘs. Segundo o pai, o sentimento de abandonar a pĂĄtria Ă© de muita tristeza, mas foi pensando nas meninas que a famĂ­lia precisou partir.

“Eu quero para minhas filhas um futuro diferente do que eu tive, com mais oportunidades e que nunca precisem deixar seu paĂ­s para sobreviver”, explicou. A esperança agora Ă© retomar a tranquilidade e conseguir um emprego. “Somos muito gratos pela recepção mesmo tendo passado por muitas dificuldades quando chegamos. Agora, vamos em frente”, concluiu.

A chegada dos imigrantes ao município gerou uma corrente de solidariedade tanto de cidadãos comuns quanto de representantes de empresas, de acordo com a secretária de Desenvolvimento Social de Canoas, Luisa Camargo. “Nós começamos a receber muitos telefonemas de pessoas querendo ajudar, e o que chamou a atenção foi a manifestação de alguns empresários oferecendo vagas de trabalho”, declarou ela.

Interiorização

Para cada imigrante acolhido, o MinistĂ©rio do Desenvolvimento Social (MDS) estĂĄ repassando aos abrigos e prefeituras o equivalente a R$ 400 reais por mĂȘs. As etapas de interiorização jĂĄ abrigaram mais de 1.880 venezuelanos, divididos nos estados de Amazonas, ParaĂ­ba, Pernambuco, ParanĂĄ, Mato Grosso, Rio de Janeiro e SĂŁo Paulo, alĂ©m do Distrito Federal.

O processo de interiorização conta com o apoio da AgĂȘncia da ONU para Refugiados (Acnur), da
Organização Internacional para as MigraçÔes (OIM), do Fundo de População das NaçÔes Unidas (UNFPA) e do Programa das NaçÔes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

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