Foto: TV Bandeirantes/Reprodução
Da redação | A administração do Hospital São Camilo de Esteio, na Região Metropolitana, já identificou os funcionários que foram flagrados por uma câmera de vigilância burlando o sistema de catracas para acessar o refeitório e, consequentemente, não pagar a refeição. São nove funcionários de carreira, ou seja, concursados e três de empresas terceirizadas.
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O flagrante aconteceu na primeira quinzena de agosto. No grupo de servidores estão médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. As imagens mostram que um servidor faz o registro na roleta e os demais acabam passando juntos pela catraca, ou os que não passam, pedem que quem atravessou a roleta, alcance os alimentos. “Recebemos uma denúncia anônima do que eles estavam fazendo e fomos apurar”, contou o diretor administrativo da Fundação São Camilo, Gerson Cutruneo.
No refeitório, segundo Gerson, o servidor que quiser almoçar ali pode trazer a comida de casa e aquecer no local. Porém, existe a alternativa de comprar a refeição que é produzida ali e custa R$ 13,90. “Essa alimentação pronta precisa ser paga. Porque a gente paga de vale-alimentação, R$ 17 para funcionários 30 horas e R$ 18 para quem trabalha 40 horas semanais”, ressaltou Cutruneo.
No período em que os servidores foram flagrados, a Fundação São Camilo, levantou que cerca de 50% das refeições consumidas pelos funcionários não eram registradas. “Produzimos 11 mil refeições por mês. Esse dinheiro que gastamos nas refeições que foram consumidas e eles não pagaram, a gente perdeu valores que deixaram de ser revertidos para qualificar o atendimento que é oferecido a população”, afirmou o diretor.
Uma sindicância interna foi instaurada para apurar a conduta dos nove servidores concursados que foram flagrados burlando a catraca para não pagar pela refeição. As empresas terceirizadas dos outros três funcionários identificados foram notificadas e terão que ressarcir o poder público.
Agora, a administração vai apurar se na segunda quinzena de agosto a prática também foi feita pelos servidores. “Podem aparecer mais funcionários envolvidos. Tudo isso foi fruto da qualificação que fizemos no sistema de vigilância do hospital”, finalizou Cutruneo.