Foto: Polícia Civil/Divulgação
Da redação | Um professor de matemática de 58 anos que lecionava em uma escola estadual foi preso pela Polícia Civil na última quarta-feira (25), em David Canabarro, no Norte. Ele está sendo acusado de estuprar 20 alunas.
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A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Casca. O objetivo foi evitar que o acusado voltasse a fazer novas vítimas. Além disso, conforme apurado pela Polícia Civil, ele teria pressionado vítimas a não darem depoimento à polícia.
Desde 2016, segundo a investigação, o professor teria tocado cabelos, ombros, nádegas, pernas e seios de alunas. Algumas vítimas relataram que ele teria chaveado a porta de salas de aula para ficar sozinho com as estudantes, algumas menores de 14 anos. Ele as tocava, abraçava e ameaçava para não falarem nada a outras pessoas.
Denúncias
O caso foi descoberto quando um grupo de 60 alunas procurou a direção da escola para relatar os fatos. Essas queixas também foram feitas ao Conselho Tutelar antes de chegarem na polícia. Em um primeiro depoimento, o professor negou os fatos. Porém, durante a apuração inicial, ele procurou familiares das vítimas e os pressionou para que não fossem dados depoimentos à polícia.
Uma das vítimas contou que após perder uma prova por problemas de saúde teve o exame remarcado pelo professor para ser feito na sala de vídeo da escola. Na ocasião, ele a mandou a fazer o teste no quatro e a abraçou por trás. A estudante até pediu para que ele parasse, mas o acusado seguiu passando a mão pelo corpo da aluna.
A vítima até conseguiu se desvencilhar do professor, mas a porta da sala estava trancada. Ela ameaçou a gritar, e o acusado abriu a porta e a ameaçou. Caso ela contasse para alguém, haveria represálias.
Quando as alunas relataram os fatos, o professor se afastou da escola por motivos de saúde. Ele foi preso em casa e agora está no presídio de Guaporé.
Identificação
A reportagem de Agência GBC segue tentando contato com a defesa do professor. Enquanto não conseguirmos, o nome do professor e da escola não serão divulgados para não expor as vítimas.