O Tribunal do Júri de Canoas condenou quatro homens pela morte de um motorista de aplicativo ocorrida em agosto de 2016. A sessão durou dois dias, entre a manhã de quinta-feira (21) e a noite de sexta (22). A vítima era Fábio da Silva Fontoura.
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A justiça acatou a tese de acusação do Ministério Público (MP). José Martins da Cunha e Ismael Ramalho Cardoso foram condenados a 16 anos de reclusão em regime inicial fechado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). Jacson Pinheiro de Quadros foi considerado culpado também por homicídio duplamente qualificado e deverá cumprir 12 anos de reclusão em regime inicial fechado, enquanto que Marino Vargas foi condenado por homicídio simples e à pena de cinco anos de reclusão em regime inicial semiaberto.
Conforme a denúncia do MP, a motivação do crime seria em virtude de desentendimentos anteriores entre José Martins da Cunha e Fábio, que trabalhara com ele por anos como motorista de táxi e estava cobrando valores judicialmente na Justiça do Trabalho, em processo de reclamatória trabalhista. Assim, José Martins da Cunha é considerado pelo MP como o mandante do crime, enquanto que Marino foi o intermediário dos contatos com os executores, Ismael e Jacson. Marino foi o responsável por entregar a arma de José Martins aos matadores, utilizada para matar a vítima a tiros.
Naquela noite, os executores ligaram para a vítima, que era motorista de aplicativo e também realizava corridas de forma independente, simulando interesse em uma corrida de carro. O motorista foi até o local do crime, na Rua dos Guaramirins, na Vila Igara, em Canoas, onde executores surpreenderam a vítima e atiraram seis vezes contra ele, inclusive pelas costas.