Joseph Goebbels foi ministro da Propaganda de Hitler. O nazista foi o grande promovedor da lavagem cerebral na população alemĂŁ. Fez isso sobretudo atravĂ©s da queima de livros e censura de veĂculos de comunicação, cinema, mĂșsica e teatro. Tudo era controlado pelo governo. Ele tambĂ©m era um grande incentivador do estupro de mulheres judias. Seis milhĂ”es de pessoas foram mortas durante o regime.
Brasil. 2020. O entĂŁo secretĂĄrio nacional da cultura, Roberto Alvin, emite uma declaração inspirada neste homem vil e asqueroso. Disse que foi sem querer – um deboche na cara de quem conhece um dos capĂtulos mais tristes da humanidade. O termo, por vezes oportunista, chamado “liberdade de expressĂŁo”, nĂŁo se enquadra quando se diz o inadmissĂvel.
Jair Bolsonaro o demitiu. Por Ăłbvio. Contudo, nĂŁo deveria se quer ter contratado – nĂŁo Ă© difĂcil de se reconhecer um nazista, ele nĂŁo precisa ter uma suĂĄstica gravada no braço direito. Alvin, por certo, nĂŁo foi discreto o suficiente para mascarar sua alma condenada. O governo brasileiro precisa se posicionar mais veemente contra este cidadĂŁo e contra qualquer tentativa de apologia ao nazismo – se assim achar correto.
Ă inacreditĂĄvel que com tantos problemas que afetam o nosso paĂs, precisamos parar de debater as demandas do Brasil, para repudiar um pronunciamento deste tipo de um dos membros do alto escalĂŁo do governo.
NĂŁo podemos retroceder no tempo e pensar em voltar a uma Ă©poca em que nĂŁo era permitido pensar. Apoiadores de ditaduras nazistas, comunistas e militares nĂŁo podem representar um paĂs democrĂĄtico. E se por acaso, algum dia, com o seu conhecimento, um nazista sentar junto a mesma mesa em que vocĂȘ estĂĄ e vocĂȘ nĂŁo se levantar e sair, entĂŁo, ali haverĂĄ dois nazistas.