Nesta segunda-feira (6), a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e Susepe deram início à produção de máscaras de proteção em fábricas adaptadas nas casas prisionais de todas as dez delegacias penitenciárias do Estado, para conter a disseminação do novo coronavírus. A produção diária será de 4 mil peças, com 87 máquinas em operação.
A Seapen e Susepe seguem a resolução 356, de 23 de março, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe, de forma extraordinária e temporária sobre os requisitos para a fabricação da peças, que são confeccionadas em tecidos TNT duplo.
A chefe do trabalho prisional, do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Elisandra Minozzo, afirmou que a utilização da mão de obra prisional auxiliará na contenção do Covid-19. “Esta projeto, além de oportunizar a profissionalização dos apenados, representa economia para o Estado e, ainda, promoverá a proteção da sociedade”.
Cerca de 200 presos de várias regiões do estado, de penitenciárias masculinas e femininas, vão confeccionar os materiais descartáveis para uso em procedimentos simples não-cirúrgicos. E a estimativa é de que produzam 87 mil peças até o fim de abril.
Um exemplo desse esforço ocorre no Presídio de Santa Rosa onde quatro apenadas pretendem produzir 3.700 máscaras nas quatro máquinas de costuras que foram disponibilizadas pela Vara de Execuções Criminais de Campinas das Missões.
Em janeiro, elas participaram de um curso de costura na casa prisional. Demais estabelecimentos prisionais da 3ª Região Penitenciária (Missões) também deram início, nesta segunda-feira (6) ao projeto de confecção de máscaras de proteção contra o coronavírus.