A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Driver em Canoas. O objetivo era prender criminosos que mataram o membro de uma facção rival no bairro Igara, em dezembro de 2019.
Cerca de 70 agentes cumpriram 17 ordens judiciais entre mandados de busca e apreensão, além dos de prisão. Sete eram alvos da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, cinco foram presos no bairro Mathias Velho.
Conforme o titular da DHPP, delegado Thiago Carrijo, os criminosos descobriram que um taxista era amigo da vítima. Com isso, seqüestram o homem e foram até a Rua Araguaia, onde Manoel Rodimar Cavalheiro Lopes de 39 anos estava sentando na calçada. Ele esperava o homem, que a mando dos bandidos, já tinha ligado para ele. “A vítima levou 17 tiros. Ele não reagiu porque conhecia o veículo”, afirma o delegado.
O crime foi transmitido ao vivo pelos bandidos. Quem acompanhou foi o mandante do crime, que não teve a identidade divulgada, mas já está no sistema prisional.
Os investigadores apuraram que o crime tinha relação com o tráfico de drogas. A vítima, inclusive, estava vendendo entorpecentes por tele-entrega na área da facção rival.
Taxista chamou a atenção dos investigadores
O próprio delegado Carrijo destacou que logo após o homicídio, o taxista entrou na lista de suspeitos. “Nos chamou a atenção que ele foi tranqüilo até a delegacia para dar depoimento. Aí ele contou que foi seqüestrado pelos criminosos e a investigação acabou provando isso. Inclusive, quando saiu da delegacia no primeiro depoimento, chegou a ser ameaçado de morte pelos criminosos.”