Um levantamento realizado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) aponta que a maioria dos prefeitos são contra a proposta do Governo do Estado em retomar as aulas presenciais no fim de agosto.
Segundo o estudo, 94% dos gestores são contra a proposta do Estado em voltar no dia 31. “Nós imaginávamos que haveria rejeição da proposta de calendário do Estado, mas não que os números fossem tão contundentes e fortes. Os números mostram a firmeza dos colegas do não retorno às aulas”, declarou o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen.
A diretoria da Famurs sugeriu que seja apresentado ao Estado, na reunião desta quarta-feira (19), o posicionamento contrário à proposta de calendário, que não haja retorno das aulas neste momento e que o diálogo sobre o tema seja retomado apenas quando o número de casos de covid-19 diminuírem de forma consistente. Outra sugestão é de que o governador assuma a responsabilidade de liberação das aulas, não transferindo a decisão aos prefeitos.
Conforme entendimento da Famurs, o retorno das aulas é diferente do que o do comércio, em que são pessoas adultas retomando suas atividades e empresas com maiores responsabilidades. Ainda assim, os protocolos não são cumpridos de forma ideal e os municípios enfrentam dificuldades para realizar a fiscalização.
Com relação a pressão das instituições particulares para reabertura, a sugestão apresentada pela Famurs é de que seja encaminhado ao governo, como alternativa, que o Banrisul abra uma linha de crédito para financiamento com juros subsidiados até o fim do ano.
Durante a reunião, os presidentes das regionais também manifestaram o posicionamento das associações a respeito do calendário de retorno das aulas, elencando as principais preocupações dos municípios.