A Expresso Charqueadas assumiu neste sábado (19) as linhas municipais de Sapucaia do Sul. A empresa, cujo contrato tem 180 dias de validade, está fazendo com 20 ônibus as mesmas linhas e itinerários que a Real Rodovias. O preço da passagem também é o mesmo.
Muitos usuários ficaram confusos com a mudança. A reportagem de Agência GBC circulou pela manhã em algumas paradas de ônibus. “Cheguei aqui, vi um ônibus diferente, não olhei para o letreiro e acabei não embarcando. Vou ter que pedir um carro de aplicativo agora”, comentou a técnica de enfermagem, Lizane Meirelles.
Além dos passageiros que tiveram dificuldade para identificar a mudança nos coletivos, teve aqueles que reclamaram dos horários. “Não mudou nada. Eu continuo mofando na parada”, contou a auxiliar de serviços gerais, Mariana Castro.
Além de Sapucaia do Sul, a Expresso Charqueadas também está presente em Charqueadas, Nova Santa Rita e Sapiranga.
Bilhetagem eletrônica
O cartão TEU não estará disponível na frota da Expresso Charqueadas a partir de sábado. Segundo o Consórcio da Bilhetagem Eletrônica, a empresa já consultou o sistema, porém o consórcio vai esperar pela definição judicial sobre a prestação do serviço em Sapucaia do Sul, que pode decidir se vai continuar contratando os serviços da concessionária.
Porém, essa indefinição não vai afetar os usuários. Conforme o secretario Municipal de Segurança e Transporte, Arno Leonhardt, o passageiro que tiver o cartão TEU “vai poder embarcar e ser transportado mesmo sem pagar.”
Localização em tempo real
Conforme a empresa, uma das novidades será o aplicativo Levirapp, no qual os usuários podem consultar horários de ônibus, itinerário, o tempo que levara esperando o ônibus na parada e acompanhar o trajeto do veículo em tempo real. Na tarde deste sábado (19), a reportagem constatou que o aplicativo ainda não está disponível para download.
Rompimento com a Real Rodovias
A Prefeitura de Sapucaia do Sul decidiu revogar o decreto que autorizava a Real Rodovias a operar as linhas municipais. A justificativa está na qualidade dos serviços prestados pela empresa e até a falta de pagamento dos funcionários. Em julho, os rodoviários chegaram a cruzar os braços.