Um criminoso de Sapucaia do Sul foi preso na noite da última sexta-feira (25) pelos agentes da Delegacia de Polícia de Esteio. Ele aplicava o golpe dos nudes em homens de todo o país.
A investigação que durou dois meses descobriu que o preso escolhia as vítimas com base em um perfil, no seu poder aquisitivo, e as extorquia com a ameaça de divulgar conversas e fotos íntimas para parentes, amigos e em redes sociais. Nas ameaças, ele se passava por delegados de polícia.
Para conseguir atrair as vítimas, o bandido criou o perfil e uma mulher jovem. Por meio de mensagens em redes sociais e em aplicativos de relacionamento, ele realizava a extorsão.
Segundo a investigação, a estimativa é que ele tenha extorquido, em um ano, cerca de 40 homens. “A maioria das vítimas são homens casados, com mais de 40 anos de idade”, afirmou a delegada Luciane Bertoletti, que coordenou a investigação.
O homem montava perfis e a partir disso inclusive por mensagens de aplicativo realizava a extorsão. Ele tinha um perfil de rede social e dezenas em aplicativo de mensagens. Estima-se que o prejuízo para as vítimas foi de pelo menos R$ 90.000,00 naquelas situações que já foram elucidadas. Pelo que foi levantado até o momento acredita-se que ocorreram golpes em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Parana, Goiás, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
O principal alvo da operação, que usava tornozeleira eletrônica por estar no regime semi-aberto, foi preso após ter fugido em razão dos elementos colhidos pela investigação durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sua residência. Ele se escondeu no bairro Primor, em Sapucaia.
Como era o golpe
Para chantagear as vítimas, o bandido criava um perfil falso com a foto de uma mulher jovem, iniciavam uma conversa onde insinuavam algum interesse ou encontro e, após, enviava e solicitava fotos nuas.
Depois dessa primeira aproximação, o responsável pelo perfil falso iniciava as ameaças se passando por policial civil dizendo que se não fosse depositada determinada quantia iria registrar ocorrência por pedofilia. Ele também dizia que iria divulgar as imagens para todos os amigos e parentes da vítima.
O delegado regional Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), reforçou “que as vítimas, ao se depararem com esse tipo de situação, devem procurar imediatamente a polícia.” Além disso, ele salientou que “delegados de polícia não enviam nenhuma mensagem desse tipo e que se ocorrer é golpe.”