Três epidemiologistas assinaram uma carta aberta, na qual está proposto que os jovens voltem com sua vida normal. O documento, que já tem 127,4 mil assinaturas, traz que a retomada das atividades das populações que apresentam risco pequeno de complicações pelo Coronavirus é importante para que se atinja a imunidade de rebanho e, com isso, diminuir o risco da contaminação de pessoas mais vulneráveis.
O texto, que foi escrito pelo professor de Medicina de Harvard, Martin Kulldorff, Sunetra Gupta, docente de Oxford e o professor de Stanford, Jay Bhattacharya, explica que que existe uma preocupação com a saúde física e mental, que as políticas que foram adotadas para combater o Covid-19, podem ser impactadas em curto e longo prazo.
O texto traz que os resultados obtidos são taxas baixas de vacinação infantil, piora nos prognósticos das doenças cardiovasculares, piora na saúde mental e diminuição de exames oncológicos. Os três profissionais que assinaram o texto defendem que: “Manter os alunos fora da escola é uma grave injustiça. (…) Manter estas medidas em vigor até que uma vacina esteja disponível causará danos irreparáveis, com os mais desfavorecidos a serem desproporcionalmente prejudicados”.
Os epidemiologistas argumentam que é possível realizar esta liberação pois: há maior conhecimento sobre o vírus, além da ideia de que populações mais jovens apresentam menor mortalidade pelo Coronavirus e que a imunidade de rebanha irá proteger as pessoas de maior risco: “Uma abordagem mais compassiva, que equilibra os riscos e benefícios de alcançar a imunidade de grupo, é permitir que aqueles que estão em risco mínimo de morte vivam normalmente a sua vida para construir imunidade ao vírus através da infecção natural, ao mesmo tempo que protege melhor aqueles que estão em maior risco”, sugerem.
Mesmo com essas sugestões, o texto ainda diz que os jovens devem obedecer aos protocolos de higienização e permanecer em casa caso fiquem doentes.