O mentor do sequestro da mĂ©dica Tamires Gemelli Silva Mignoni, confessou, neta sexta-feira (23) ter planejado o rapto durante dois anos, de acordo com a PolĂcia Civil.
“Ele confirmou que veio para Erechim dois anos atrĂĄs mais ou menos, e que na ocasiĂŁo tinha outros indivĂduos que iam praticar esse crime com ele, mas que, conversando ele, ficou sabendo que a Tamires estava de fĂ©rias na Ă©poca. Por isso, ele desistiu”, explicou o delegado Gustavo Ceccon, em entrevista coletiva.
De acordo com a polĂcia, a mĂ©dica foi abordada enquanto saĂa do posto de saĂșde, onde trabalhava, no bairro Aldo Airolli, em Erechim, na Ășltima sexta-feira (16). Ela foi resgatada do cativeiro pelos policiais, na noite da Ășltima quarta-feira (21), na cidade de Cantagalo, ParanĂĄ.
Segundo a polĂcia, a motivação do sequestro foi o dinheiro. “Como ele Ă© da cidade de Laranjeiras â do Sul, no ParanĂĄ â, e o pai da Tamires foi trĂȘs vezes prefeito, ele imaginava que ele tivesse muito dinheiro, recursos para honrar o resgate da filha”, coloca o delegado.
De acordo com o delegado, um dos suspeitos mora na mesma rua do prefeito de Laranjeiras do Sul, Berto Silva, e estudava a campanha rotina da famĂlia. “Inclusive da sacada da casa da Tamires, consegue enxergar a casa do mentor do sequestro.”
Estudando a rotina
Na coletiva, a polĂcia contou que os criminosos monitoravam a rotina da mĂ©dica em Erechim. Os policiais identificaram um casal que sequestrou Tamires atravĂ©s das cĂąmeras de segurança, localizadas na frente do posto de saĂșde, onde a mĂ©dica trabalhava.
“Um casal ficou aguardando ela sair da UBS ao lado do carro. Quando ela chegou, ela viu que tinha um casal e nem desconfiou. O homem a abordou e falou: ‘moça, o carro estĂĄ com pneu furado’, quando ela foi lĂĄ ver, ele a abordou com uma faca e botou no carro. Em seguida, jĂĄ entrou a mulher e baixou a cabeça dela”, relata.
Tamires foi levada vendada atĂ© um ponto da BR-153, onde trocaram de veĂculo. O carro da mĂ©dica foi encontrado abandonado com todos os pertences, fator que fez a polĂcia investigar como caso de sequestro.