Leite diz que homem foi espancado até a morte no Carrefour também por ser negro

Segundo o governador, “o fato de ele ser negro interferiu no juízo.”

O governador Eduardo Leite comentou na última quinta-feira (3) o assassinato de João Alberto Freitas de 40 anos dentro de uma das filiais do Carrefour, em Porto Alegre. Em live com o humorista Nego Di, ele afirmou que o fato da vítima ser negra contribuiu para a violência.

“Eles (seguranças) podem não ter agredido deliberadamente por (Freitas) ser negro, mas, certamente, o fato de ele ser negro interferiu no juízo, na minha visão. Pode não ter sido assim, deliberadamente: “Vou bater e vou matar esse homem porque ele é negro”, mas que eles (seguranças) podem ter se prevalecido daquela situação por ele ser negro, eu diria que, muito possivelmente, sim”, afirmou Leite.

Além disso, o governador também ressaltou que o inquérito realizado pela Polícia Civil irá indicar “exatamente qual foi a circunstância que levou àquela agressão”, que classificou como “desmedida” e “horripilante”. “O fato de o João Alberto ser negro, mesmo que inconscientemente, interfere no juízo daquelas pessoas de que eles podem ser agressivos do jeito que foram, porque com um homem negro não precisariam tomar cuidados como tomariam, talvez, na agressão a um homem branco.”

João Alberto Freitas foi espancado até a morte dentro do Carrefour em 19 de novembro. Três pessoas foram presas até o momento: os dois homens que aprecem agredindo a vítima nas imagens, identificados como Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, detidos em flagrante, e a fiscal do Carrefour Adriana Alves Dutra.

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