Preso traficante que expulsava moradores de casa no Mathias Velho, em Canoas

De acordo com a polĂ­cia, eles queriam usar as residĂȘncias como ponto de venda de drogas.

A PolĂ­cia Civil deflagrou na manhĂŁ desta sexta-feira (19) a Operação Fire. O objetivo era prender traficantes que expulsavam moradores de suas residĂȘncias nos bairros Harmonia e Mathias Velho. Foram cumpridas cinco ordens judiciais, sendo trĂȘs de busca e apreensĂŁo e duas de prisĂŁo.

Foram cerca de dois meses de investigação coordenadas pelo delegado Rafael Pereira, titular da 1ÂȘ Delegacia de PolĂ­cia de Canoas. Durante a apuração, eles obtiveram fotos e vĂ­deos de traficantes atirando nas residĂȘncias. Em uma das ocorrĂȘncias, eles chegaram a jogar coquetol molotov no imĂłvel. Para nĂŁo sair de casa, o morador tinha outra opção: pagar valores entre R$ 1 mil e R$ 10 mil para os criminosos. “Eles utilizavam os tiros e explosĂŁo de coquetel molotov nas casas como forma de pressionar pessoas a pagar ou abandonar suas residĂȘncias”, comentou o delegado.

Um traficante foi preso. Ele nĂŁo teve o nome divulgado por dois motivos: um comparsa segue foragido e por causa da Lei de Abuso de Autoridade.

Como funcionava o crime
O objetivo dos traficantes com as residĂȘncias eram transformar os locais em ponto de venda de drogas ou em depĂłsito de armas. “Primeiro, eles decidiam algum ponto estratĂ©gico para venda ou depĂłsito. Depois, começavam a ameaçar, se a pessoa resistisse, davam tiros nas casas pela noite. Uma que resistiu um pouco mais teve a casa alvejada por vĂĄrios tiros e ainda parcialmente incendiada apĂłs um coquetel molotov ter sido jogado contra a residĂȘncia. Soubemos disso devido Ă s imagens apreendidas em celulares de suspeitos”, relatou o delegado.

Os criminosos, de acordo com as investigaçÔes, divulgavam as imagens em redes sociais para colocar medo nos moradores. As vítimas também eram ameaçadas caso denunciassem o caso a polícia ou a facçÔes rivais.

“O objetivo era o mesmo. Ganhavam dinheiro a mais na extorsĂŁo e pegavam a casa do vizinho para fazer ameaças atĂ© a expulsĂŁo e assim usar como ponto de trĂĄfico ou depĂłsito “, relatou o delegado Mario Souza, diretor da 2ÂȘ Delegacia Regional Metropolitana.

A investigação segue, mas a polĂ­cia encontra dificuldades para encontrar vĂ­timas. De acordo com o delegado Rafael Pereira, muitas vĂ­timas tĂȘm medo de represĂĄlias.

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