A General Motors decidiu interromper a produção do complexo do Rio Grande do Sul em abril e maio. Serão três meses de suspensão, já que os funcionários estão em férias coletivas ao longo de março.
De acordo com a montadora, o motivo é a falta de peças. Os semicondutores é o que mais falta. A escassez dele também já paralisou outras industrias da Chevrolet pelo mundo.
A medida inclui todo o complexo da GM em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Além da fábrica de veículos, o local tem as sistemistas, que são as fornecedoras da montadora. Estima-se que as empresas, juntas, empreguem 5 mil trabalhadores.
A retomada deve ocorrer em junho. No entanto, a volta à normalidade está prevista apenas para julho de 2021. Na semana passada, havia sido aprovado em assembleia de trabalhadores um acordo para suspensão do contrato dos funcionários, que, até então, atingiria apenas o segundo e o terceiro turnos da fábrica.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, a empresa disse que não pretende demitir, já que o problema é a falta de peças. O sindicalista lembra aos trabalhadores que o que foi acordado com a empresa anteriormente está mantido, como o adiantamento da participação nos lucros e o pagamento de abono.
