Eduardo Leite participa de debate como pré-candidato à Presidência

Governador falou sobre o pedido de impeachment contra Bolsonaro.

Na noite desta quinta-feira (1), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participou de um debate promovido pelo Estadão com pré-candidatos do Centro à Presidência. Ele esteve na discussão junto com o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).

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Principal pauta do debate, o combate a pandemia de coronavírus foi um dos focos dos debatedores que buscam espaço como uma terceira via nas próximas eleições. Leite falou sobre a importância do combate a dívida gerada pela pandemia e elencou quais seriam suas prioridades em um possível mandato. “Aumento da produtividade com reformas para a simplificação do modelo tributário, educação para ganho de produtividade pelo capital humano, respeito ao meio ambiente e política, contra o desmatamento, e respeito a diversidade da nossa população”, defende.

O governador se apresentou como uma liderança jovem, se definiu como defensor do modelo parlamentarista e favorável a redução do número de partidos. “Tenho 36 anos, fui prefeito da minha cidade aos 27, governador aos 33. Não consigo me conformar q metade dos jovens querem sair do nosso país. Quero resgatar a esperança deles, mas também proporcionar o conforto aos mais velhos, de que voltamos a viver em um país com futuro”, enfatiza.

Leite também comentou o pedido de impeachment protocolado contra o atual chefe do Executivo, Jairo Bolsonaro (sem partido). “A gente não pode banalizar impeachment, mas a gente também não pode permitir que se banalize a Presidência da República. A forma como é exercida a Presidência da República está e deve estar sim sob análise rigorosa dos parlamentares e uma CPI como a que nós temos no Senado da República, investigando fatos e informações muito graves em relação a pandemia, merece ter toda a atenção para, se for o caso e inevitável, dar curso ao processo de impeachment”, pontua.

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Ainda com alfinetadas ao presidente, ele comentou que a posição de um governante é estar presente nos momentos de crise. “Não pode se esconder, nem incendiar a discórdia. Precisa ter a disponibilidade de construir consensos. Na pandemia, tínhamos um inimigo em comum, o vírus, e Bolsonaro liderou ao contrário”, critica.

Este foi o primeiro debate com presidenciáveis do chamado Centro Democrática. Os três participantes assinaram em março o “Manifesto pela Consciência Democrática”, com lideranças políticas em defesa da democracia.

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