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12 de dezembro de 2024

“Eu votei em Bolsonaro em 18 e admito que errei”, afirma Eduardo Leite

O governador voltou a comentar o caso da mulher presa por bater panela e chutar motociclistas durante a motociata

O governador Eduardo Leite (PSDB) voltou a se pronunciar sobre o caso da mulher presa por bater panela e chutar motociclistas durante a motociata em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, participou no último sábado (10). Pelo twitter, ele afirma que se arrepende de ter votado em Bolsonaro.

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“Eu votei em Bolsonaro em 18 e admito que errei. A manifestante detida hoje admite que se excedeu. E confio que aqueles que tentaram fazer do ocorrido um fato político também admitirão seu erro. As redes sociais incitam apontar o dedo pros outros. Exerçamos também a autocrítica”, escreveu o governador. 

Foi a segunda vez que Leite comentou o caso da mulher da presa. Horas antes, o governador havia se pronunciado sobre o episódio e dito que a Brigada Militar iria abrir procedimento para apurar o ocorrido, assim como “as condições em que se deu o recolhimento de manifestante hoje em Porto Alegre”.

Manifestante disse que se exaltou

Em vídeo publicado nas redes sociais, a manifestante Betina de Jesus, reconhece que se exaltou durante a motociata. “A Brigada Militar em momento algum me maltratou, eles fizeram o trabalho deles, eu estava alterada e reagi ao ataque de um motociclista do Bolsonaro, que parou a moto para me dizer desaforo, porque eu estava no meu livre direito de manifestação”, afirma.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu nota no sábado na qual afirmou que a manifestante foi abordada e solicitada, “por diversas vezes”, a se afastar do leito da via para evitar possível acidente. Betina protestava batendo em uma panela contra os motociclistas na esquina da João Pessoa e da Venâncio Aires, no bairro Cidade Baixa. Como ela não atendeu aos pedidos dos policiais, conforme ocorrência registrada, ela foi levada até a delegacia.

No vídeo, a manifestante relatou que fez exame de corpo de delito e estava liberada após assinar um termo circunstanciado. “Só que não vou deixar de me indignar contra a situação do país. E vou continuar me manifestando. Só vou tentar ter um pouco mais de controle para não ir presa, porque ser presa é perda de tempo.”

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