Via Agora no Vale/GRUPO APNI
Um gato sobreviveu contra todas as probabilidades após ficar entre a bateria e o motor de um Honda Civic por mais de um dia e percorrer cerca de 250 quilômetros. O caso surpreendeu uma família de Estrela e trouxe apreensão para outra, de Capão da Canoa.
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Marcelo Petter estava na casa do sogro, na praia, de onde retornou nesse domingo, 11. Na segunda-feira de manhã, 12, foi trabalhar em Lajeado e deixou o carro estacionado na Univates até as 16h30min. Só após voltar para casa, no fim da tarde, descobriu o que havia acontecido. “Estava brincando com a minha sobrinha perto do carro, e talvez por ouvir voz de criança o gato começou a miar”, diz Petter, que teve dificuldade para retirar o animal do motor para então alimentá-lo. “Em nenhum momento anterior a gente ouviu qualquer barulho dele”.
De início, Petter não teve ideia de onde poderia ter vindo o animal, até que pediu para o cunhado dele, lá de Capão da Canoa, verificar se estavam procurando por um pet na vizinhança. Foi aí que descobriram: Frajola é o animal de estimação de uma família de Capão da Canoa, vizinha do sogro de Petter, que pulou uma janela da casa no domingo e não teria conseguido voltar, se escondendo no carro.
Saber o paradeiro do gato, em especial que estava bem após essa aventura, trouxe alívio para os donos. Pudera: no trajeto, ele poderia ter se ferido ou morrido de diversas maneiras. Encostar na correia de acessórios, na ventoinha, cair no asfalto ou até padecer pelo calor.
No próximo fim de semana, Frajola vai voltar para os donos, devolvendo a alegria para a família, em especial a uma criança que estava inconsolável pelo sumiço do gato. Desta vez, frajola vai com mais conforto.
Batidinha no capô
Para quem tem gato em casa ou sabe da existência deles na vizinhança, a dica é dar uma batidinha no capô antes de sair com o carro. E isso deve ser mais frequente no inverno, conforme relata a veterinária Marina Ruschel, da CentroVet Equilíbrio, de Lajeado. Ela informa que o comportamento felino é de locais apertados e quentes, e no inverno o risco é ainda maior deles entrarem num motor. “Para se esquentar e dormir, se sentirem seguros”.
A veterinária conta que felinos domésticos são originados de regiões áridas, e por isso são acostumados de sentir calor: a temperatura corporal é de 38 a 39 gruas. “Nas temperaturas baixas eles ficam mais suscetíveis a doenças”. Para saber se o gato está sentindo frio, diz, basta tocar nas extremidades, na ponta da orelha, do nariz ou da cauda, está com frio.
