A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) disse, através de nota, que está preocupada com a greve dos rodoviários na próxima segunda-feira (9). A paralisação deve deixar Canoas, Cachoeirinha, Nova Santa Rita e mais cidades da Região Metropolitana sem transporte metropolitano.
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De acordo a entidade, o setor do transporte coletivo vive uma grave crise financeira que se agravou com a pandemia. “A busca de solução passa pelas prefeituras, pelos governos estaduais e pelo governo federal. Não se justifica ter impostos incidindo sobre o valor da passagem. É preciso ainda encontrar receitas extra-tarifárias e reduzir isenções”, diz a nota.
Segundo os prefeitos, o problema deve ser enfrentando em um curto prazo de tempo para evitar que o transporte pare. Além disso, eles também afirmam que precisa ser desenhando um novos sistema.
Greve
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano) confirmou que a categoria vai cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (9). O problema deve atingir moradores de Canoas, Cachoeirinha, Nova Santa e mais quatro cidades: Alvorada, Glórinha, Gravataí e Viamão.
A categoria reivindica o pagamento integral do vale alimentação, 1/3 das férias que está atrasado desde 30 de julho, a falta de reajuste salarial e o número excessivo de demissões. A aassembleia foi na última terça (3).
A reportagem de Agência GBC busca contato com as empresas Transcal e Sogal – responsável pela operação em Nova Santa Rita –, mas ainda não obteve retorno.
Nota da Granpal
A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) manifesta preocupação com a paralisação do transporte público intermunicipal da Região Metropolitana, marcada para esta segunda-feira (9).
Nos últimos anos, o setor do transporte de passageiros vive uma grave crise, que se agravou com a pandemia. A busca de solução passa pelas prefeituras, pelos governos estaduais e pelo governo federal. Não se justifica ter impostos incidindo sobre o valor da passagem. É preciso ainda encontrar receitas extra-tarifárias e reduzir isenções.
O tema deve ser enfrentado no curto prazo para o transporte metropolitano não parar. A médio prazo, o sistema deve ser repactuado com os operadores e, para o futuro, ser desenhado um novo sistema.
Em vista disso, os prefeitos da região, através da Granpal, estão procurando autoridades responsáveis e empresas envolvidas para encontrar uma solução equilibrada e que garanta a execução do serviço.
A paralisação reforça a necessidade de uma discussão maior, de alcance estadual e nacional, sobre a sustentabilidade do sistema de transporte público — uma das principais bandeiras da Granpal.