Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Canoas desta terça-feira (10), os parlamentares criticaram a diferença no número de doses enviadas para Canoas em comparação com municípios com menos população, como é o caso de Pelotas.
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O vereador José Carlos Patrício (Progressistas) convocou uma mobilização dos vereadores para pedir ao Governo do Estado que mais doses sejam enviadas para o município. “Eu quero acreditar que não é por política, mas por incompetência de organizar a logística”, salientou.
Diversos parlamentares fizeram coro ao pedido de Patrício. O líder do governo na Câmara, vereador Emílio Neto (PT) afirmou que municípios administrados pelo partido do governador Eduardo Leite (PSDB) receberam mais doses. “Todas que recebem mais vacinas do que Canoas são do PSDB. Isso nos induz a uma lógica de que o governo prioriza aqueles municípios que são governados pelo seu partido”.
Ainda segundo Emílio Neto, isso vem ocorrendo desde o início da vacinação. “Isso não é mais um erro administrativo. Isto é uma forma deliberada de prejudicar os canoenses. Eu considero isso crime. É um ato criminoso da secretária e de quem determinou que ela assim agisse”, defendeu.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, viaja na madrugada desta quarta-feira (11) para Brasília, com o objetivo de tratar sobre o assunto, além de outras agendas como educação e mobilidade urbana. O secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia, Felipe Martini, acompanha o prefeito na viagem.
Entre as agendas da quarta-feira (11), o prefeito estará representando o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar). As principais pautas que serão tratadas pelo Conectar são a aquisição de vacinas e de medicamentos que compõe o kit intubação, a compra de produtos médicos e hospitalares, a participação do consórcio no Conselho Nacional de Representantes Estaduais (Conare) e possibilidade de redução do intervalo da Pfizer da AstraZeneca.
Durante a agenda em Brasília, quem assume a Prefeitura é o vice-prefeito, Nedy de Vargas Marques.
