Canoas foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19). O foco foi o combate ao contrabando, falsificação de cigarros e o combate ao trabalho escravo. Os mais de 250 agentes e 60 servidores da Receita Federal cumpriram 13 mandados de prisão na cidade durante a Operação Tavares.
Além de Canoas, há mandados cumpridos em Montenegro, Novo Hamburgo e Triunfo, além de cidades no Paraná e São Paulo. São 96 ordens judiciais, sendo 40 de prisão e 56 de busca e apreensão, além de sequestro de bens até o valor de 600 milhões de reais. Uma fábrica clandestina também foi alvo das operações. Ela produzia 10 milhões de maços de cigarros por mês e faturava R$ 50 milhões de reais.
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A deflagração conta com o apoio da Brigada Militar e o acompanhamento do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e por servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Conforme a PF, começou em 2020 a investigação para apurar a prática de contrabando de cigarros na região metropolitana de Porto Alegre. Diligências realizadas identificaram a existência de uma organização criminosa estruturada para a produção clandestina de cigarros de marcas paraguaias em cidades do Rio Grande do Sul. Há indícios de que a fabricação seria operada por trabalhadores supostamente cooptados no Paraguai e que seriam mantidos em condições análogas a de escravidão.
Parte dos cigarros produzidos abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Rio Grande do Sul vinculados à facção criminosa do estado. A estimativa é que a fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de 50 milhões de reais. Conforme projeção da Receita Federal, os impostos, se recolhidos, atingiriam 25 milhões de reais ao mês, somente em tributos federais (IPI, PIS e COFINS).
A operação foi denominada “Tavares” em alusão ao local onde foi identificado o primeiro depósito do grupo, no município da Cachoeirinha.
