Quadrilha queria atacar diversos caixas eletrônicos em Canoas no final do ano

Os criminosos foram investigados por cinco meses

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Durante a Operação Fire, deflagrada nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil descobriu que uma quadrilha de Canoas que é especializada em atacar caixas eletrônicos tinha meta para este final de ano: atacar dois equipamentos por semana. O líder do bando foi preso no bairro Guajuviras.

O grupo criminoso foi investigado por cinco meses. Segundo o delegado Thiago Lacerda, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), o grupo entrou na mira da polícia após atacarem um caixa eletrônico no bairro São Sebastião, em Esteio, no dia 14 de julho. Usando maçarico e ferramentas, eles arrombaram o equipamento e levaram apenas parte do dinheiro, já que o dispositivo que mancha as notas com tinta vermelha foi acionado. Na ocasião, duas pessoas foram presas

Além disso, também chamou a atenção o fato dos criminosos gravarem os locais que seriam atacados. Eles faziam uma espécie de “tutorial’ para orientar os colegas. O grupo, segundo Lacerda, agia de forma organizada. Tinha um membro para cada função, desde planejamento, logística e execução.

Durante a investigação, os policiais descobriram que eles queriam infiltrar integrantes da organização criminosa dentro de poderes públicos, como o Palácio da Polícia. O fato não chegou a se concretizar, mas o objetivo era incluir através de empresas prestadoras de serviço.

No total, além do líder, mais 11 pessoas foram identificadas como integrantes da facção. Os suspeitos já possuem antecedentes por furto, roubo a lotéricas, roubos a estabelecimentos comerciais, homicídio, roubo a residência, porte ilegal de arma de fogo, receptação e sequestro. “A repressão qualificada a este tipo de quadrilha especializada tem reflexo direto nos índices de criminalidade envolvendo instituições financeiras e o desmantelamento destes grupos contribuem significativamente para redução de furtos e roubos a bancos e caixas eletrônicos no Estado”, afirmou o delegado Thiago Lacerda.

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, ressaltou que a Draco de Canoas tem “focado em desmantelar organizações criminosas vinculadas a crimes patrimoniais dando especial atenção a este tipo de criminalidade envolvendo bancos e caixas eletrônicos”. 

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