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Canoas
09 de maio de 2025

EM CANOAS | Traficantes estavam obrigando moradores a varrerem ruas, pintarem muros e até expulsando-os de casa

Segundo a Polícia Civil, 23 pessoas foram presas

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A investigação da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas que deu origem a Operação Turno Final, deflagrada nesta terça-feira (7) pela Polícia Civil com apoio da Brigada Militar – descobriu que traficantes do bairro Rio Branco, estavam obrigando moradores a varrerem ruas, pintarem muros e até os expulsando de casa. O objetivo era despistar o trabalho da polícia.

Segundo o delegado Rodrigo Caldas, a pintura nos muros eram para esconder as pichações feitas por membros de facções rivais. Eles também tinham que varrer ruas para que a sujeira do local não chamasse a atenção. Em alguns casos, os moradores poderiam ser expulsos da residência. “Os traficantes locais passaram a assumir uma postura semelhante a uma milícia, oprimindo os moradores, retirando-os de suas casas, determinando toques de recolher e os obrigando a pintar fachadas e muros, que antes continham referências expressas a grupos de tráfico de drogas”, relata o delegado.

Outro fator que chamou a atenção dos policiais foi o alto número de prisões. Só da 3ª DP, em nove meses, foram 26 presos por tráfico de drogas. “Essa é mais uma operação integrada no combate a criminalidade organizada de Canoas, contribuindo para a manutenção dos baixos índices de criminalidade no município.” Este tipo de ação imprime redução direta no tráfico, mas também, de maneira indireta na redução de outros crimes como roubo a pedestres, residências, veículos”, comenta o Comandante do 15° Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel Jorge Dirceu Filho.

A operação foi encerrada por volta das 13h. De acordo com a Polícia Civil, 23 criminosos foram presos. Foram apreendias, armas, drogas e dinheiros. “Chama atenção os artifícios utilizados pelos narcotraficantes para tentar despistar as ações policiais, como por exemplo: a colocação de criminosos de menor importância no crime como alvos para primeira prisão da Polícia; e também a ideia de manutenção da segurança de alguns bairros da cidade para buscar a simpatia da comunidade”, pontua o delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

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