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Um homem que se passou por militar da Marinha é acusado de aplicar o chamado “estelionato sentimental” em uma moradora de Farroupilha, de 31 anos, que teria perdido cerca de R$ 70 mil após manter um relacionamento com ele desde o ano de 2019. Após conquistar a mulher, ele alegava um suposto problema de saúde e pedia ajuda financeira para a companheira.
Ele foi ouvido pela Polícia Civil e nega os fatos. Conforme o indiciado, os valores foram repassados para a sua conta bancária após um negócio fechado com o irmão da vítima, que desmente a versão. A inocência do homem também é sustentada pelo seu advogado.
Conforme a vítima, ele dizia estar doente e que precisava de um caro tratamento. Além disso, alegava que iria entrar com um processo contra a Marinha do Brasil e que receberia uma grande indenização, podendo assim pagar o que estaria devendo para ela.
A relação dos dois teria começado através da internet. Ele dizia ser tenente da reserva e nutricionista em dois hospitais. Alegando uma rotina pesada de trabalho, e devido a pensamia, os encontros pessoais entre eles eram raros, mas mantinham conversas diárias em aplicativos de mensagens.
Ele contou que possuía problemas neurológicos, tendo inclusive um susposto médico ligado para a mulher para relatar a gravidade do problema. Após isso, começaram os pedidos de dinheiro, para o tratamento, para compra de produtos, como televisores, e conserto e aluguel de veículos.
Preocupado com o que vinha ocorrendo, o irmão da vítima pediu para que ela perguta-se ao namorado sobre o processo contra a Marinha. Ele então enviou um despacho da justiça falso, que contava com diversos erros de português e sem dados básicos. Foi então que ela percebeu se tratar de um golpe.
O homem terminou o relacionamento dos dois em 2020, quando ela procurou a polícia. Em buscas nas redes sociais, houve ainda o relato de outras pessoas que teriam sido enganadas pelo homem como mesmo modo de operação.
Ele responderá o inquérito, que foi encaminhado ao Ministério Público, em liberdade. Se condenado, a pena varia de um a cinco anos de prisão.