Três pessoas foram presas após terem sido investigadas pela polícia no caso do ônibus onde moravam mais de 10 pessoas em situação degradante. Foram presos o condutor, o ajudante e o proprietário do ônibus.
Segundo depoimentos, eles trabalhavam e moravam no veículo. A ação aconteceu no sábado (4), em Canoas.
Na operação, a equipe da PRF deu ordens de parada a um ônibus que estava em mau estado de conservação. Durante a fiscalização, eles encontraram as 15 pessoas, sentadas ou deitadas em colchões sobre o assoalho. Elas também estavam sobre bancadas ao longo do corredor. O veículo estava em péssimas condições de higiene, com colchões, roupas, alimentos e produtos espalhados por todo canto.
As vítimas são de Alvorada, entre elas, dois jovens 15 e 16 anos, eram convencidos a vender massa de arear panelas nas ruas de várias cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porém, sem nenhum direito trabalhista, nem condições mínimas de higiene e saúde. Os menores foram assistidos pelo Conselho Tutelar.
Durante a fiscalização, a PRF descobriu que o Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina já havia pedido para fiscalizar o veículo e identificar os ocupantes, após uma denúncia de transporte de trabalhadores em situação análoga à escravidão.
O ônibus foi removido por mau estado de conservação e 160 quilos de massa recolhidos pela vigilância sanitária, já que não possuíam registro e licença nos órgãos sanitários.