Moradores de Canoas, Porto Alegre e de cidades da Região Metropolitana reclamam de não receber produtos comprados em uma loja vitural chamada Tá di Zueira, que seria de propriedade do humorista e ex-BBB Nego Di. Ao todo, até esta segunda-feira (18), a Polícia Civil já recebeu 126 registros de ocorrência.
Os consumidores reclamam que compraram aparelhos de ar-condicionados e celulares, mas não receberam. Em alguns casos, o estorno também não foi realizado pela empresa. Algumas pessoas chegaram a realizar um protesto em frente a um restaurante de comida tailandesa na Avenida Farroupilha, em Canoas, que segundo eles é de propriedade de uma sócia do influenciador e ex-BBB Nego Di.
A reportagem de Agência GBC conversou com Taís Marques, diretora do Procon Canoas. Segundo ela, o órgão já recebeu reclamações de quatro consumidores relacionados a não entrega de compras referente a dois ar-condicionados e dois televisores. “A empresa foi notificada a cancelar a compra com a restituição do valor pago corrigido monetariamente. Caso a empresa não resolva o problema do consumidor, poderá ser multada em até R$ 3 milhões”, afirma.
Conforme Taís, o consumidor deverá buscar os órgãos de proteção ao consumidor. “O titular da compra deverá comparecer com RG, CPF, comprovante de residência, pedido,comprovantes de pagamentos e demais documentos pertinentes à reclamação, além de dados bancários para restituição”, orienta.
Quando uma compra é realizada pela internet, os consumidores devem procurar o Procon do município em que residem. “Moradores de Canoas e Nova Santa Rita deverão se dirigir ao PROCON Canoas, localizado na Rua General Salustiano, 142 – Mal. Rondon – Canoas ou, ainda, nas unidades Guajuviras e Mathias Velho, situados na Rua Santa Catarina, 3420, esquina Cruz Alta e Avenida 17 de abril 1110. Maiores esclarecimentos pelos telefones 51.3236.2051 e 32362052”.
Gabriel Vidal, um dos manifestantes que liderou o protesto realizado por supostas vítimas na quinta-feira (14), a loja começou vendendo souvenirs de comédia e evoluiu para eletrodomésticos. “A galera começou a não receber, até que chegou ao ponto de ele (Nego Di) pedir um tempo. Colocou um story dizendo que tinha um sócio e que ele seria sócio de uma tal de Regiane, que tem um comércio em Canoas, que ele teria investido o dinheiro”, afirma.
O humorista é defendido pelo escritório Fortini e Volcato Advocacia. Eles emitiram uma nota, que você pode conferir na íntegra:
“Dilson Alves da Silva Neto, conhecido profissionalmente pelo nome artístico Nego Di, foi contratado para realização de publicidade da loja virtual chamada Tá di Zuera. Ocorre que existem atrasos nas entregas da loja e falta de retorno adequado aos consumidores. Diante disto, passou a receber ataques nas redes como se proprietário fosse ou tivesse a administração e gerenciamento da referida loja.
Diante destes fatos, sua assessoria jurídica está averiguando a situação, já estando em contato com a autoridade policial para ter acesso ao inquérito, bem como para colaborar com a investigação e acelerar a elucidação dos fatos.
Por fim, estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos aos consumidores.”