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26 de junho de 2025

Padrasto vai responder pela morte do enteado de 3 anos

A Polícia Civil concluiu, na sexta-feira (25/11), o inquérito sobre a morte do menino Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, levado desmaiado para um posto de saúde em Cidreira, no Litoral Norte. O padrasto, de 21 anos, foi indiciado por homicídio qualificado e tortura. Já a mãe da criança, de 26 anos, foi indicada por tortura por omissão.

O advogado de defesa de Diego Medeiros, Celomar Cardozo, informou ao jornal, que ainda não teve acesso ao relatório final do inquérito policial, nem aos laudos periciais, mas que “acredita na versão de Diego de que o que ocorreu foi um acidente e lutará nos autos para comprovar que não houve dolo na morte do menino.”

A Defensoria Pública, que representa Joice Chagas Machado, também foi contatada, mas até a última atualização desta reportagem não havia retornado.

O caso ocorreu no dia 14 de outubro. Ambos foram presos temporariamente no dia 18 daquele mês. Segundo o delegado Rodrigo Nunes, a prisão foi convertida para preventiva.

Conforme o delegado, o indiciamento do padrasto se dá por motivo fútil, meio cruel, pela impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido praticado contra menor de idade. Além disso, a polícia considerou a circunstância do crime ter sido praticado por uma pessoa sob quem a criança estava sob autoridade e guarda.

No caso da mãe, que não estava presente no momento do crime, a polícia considerou que ela tinha conhecimento da violência de longa data sofrida pelo filho e que nada fez para impedir as agressões.

A investigação

Segundo o inquérito, o padrasto foi responsável por espancar a criança. “A perícia confirmou a causa da morte como politraumatismos contusos, sendo identificadas na vítima diversas lesões nos órgãos internos, escoriações e hematomas por todo o corpo, além de fraturas em ambos os braços”, diz o delegado.

Anthony apresentava fraturas nos braços e lesões na região interna do corpo quando foi atendido na unidade de saúde. A equipe que prestou o atendimento no local chamou a Brigada Militar (BM) após perceber que o corpo apresentava sinais de violência. Conforme o boletim policial registrado na delegacia de Cidreira, houve tentativa de reanimação do menino, mas ele não reagiu e foi confirmada a morte.

Dois meses antes do crime, o pai e a mãe do menino chegaram a um acordo extra-judicial, e o filho foi morar com a mãe e o padrasto. “É uma dor horrível. Mas estou tentando ser forte com tudo isso, pois a gente tem outra menina de 6 anos. Eu espero que o culpado pague pelos atos, porque um anjo desses não merecia isso”, disse o pai biológico da vítima em outubro.

Foto: Arquivo JRM
Fonte: G1 RS

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