BRUNO LARA

Bruno Lara é jornalista e escreve sobre comunidade diariamente neste espaço.

NAVEGANTES | Canoas terá homenagem à Iemanjá, mas sem procissão das águas

Mais de 5 mil pessoas são aguardadas para o evento.

Diferente de 2022, quando foram canceladas em função da pandemia de Covid-19, as comemorações a Nossa Senhora dos Navegantes e a Iemanjá estão garantidas este ano em Canoas. Porém, para quem está acostumado com as festividades, o dia 2 de fevereiro será diferente.

Um modelo ainda de retomada em função dos limites impostos pela pandemia de Covid-19 será colocado em prática sem a tradicional procissão das águas, as missas da manhã e as procissões por terra. Porém, um evento está marcado para ocorrer na Prainha do Paquetá, a partir das 13h. A organização é da Prefeitura de Canoas, com participação do Conselho Municipal do Povo de Terreiro.

Segundo Secretario Adjunto de Diversidades e Comunidades Tradicionais da cidade, Pai Santiago, toda estrutura estará disponível onde era o santuário. Haverá som, iluminação e lonas para o caso de chuva.

Ainda conforme o secretário, será um ato de sincretismo religioso. “Este ano as igrejas decidiram fazer a comemoração em suas próprias sedes. É um novo formato depois da pandemia e, por isso, não terá procissão fluvial. Esperamos que no próximo ano consigamos ter as igrejas e as comunidade de religião africana unidas, pois isso ajuda a quebrar a intolerância”, afirma.

Mais de 5 mil pessoas são aguardadas para o evento. Doações de alimentos não perecíveis são bem-vindas. Santiago garante que os itens serão distribuídos na própria comunidade da Prainha do Paquetá.

PROGRAMAÇÃO:

13h – Concentração.
14h – Entrega do barquinho e oferendas ecológicas para Iemanjá. O que não for ecológico pode ser colocado no altar.
14h30 – Homenagens a Iemanjá: cantigas e pontos de umbanda à rainha das águas.
14h30 – Chegada das entidades.
15h30 – Banho de cheiro e passe nos adeptos e simpatizantes.
17h – Encerramento das homenagens e entrega de frutas abençoadas aos caboclos e participantes.

SINCRETISMO

A expressão “sincretismo”, utilizada pelo secretário, é quando um ritual, ideia, organização, símbolos ou objetos artísticos de uma religião são incorporadas à outra em um ritual. Neste caso, Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá.

No século XV, com a navegação dos europeus, especialmente dos portugueses, os viajantes pediam proteção à Nossa Senhora dos Navegantes. O simbolismo da mulher corajosa e orientadora, fez com que Maria, protetora e intercessora, fosse vista como uma eterna vencedora pelos inimigos das tempestades. A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes foi trazida pelos portugueses no século XVIII, em uma das viagens feitas de Portugal para o Brasil.

Já o culto à Iemanjá inicia com a chegada da cultura africana no Brasil. Uma dos Orixás mais conhecidos, a Rainha do Mar tem sua energia ligada ao pensamento, à fecundidade e ao mistério do início. Iemanjá é a protetora dos pescadores e navegadores

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