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Moradores do bairro Fátima, em Canoas, convivem há meses com um problema que invade suas casas. Desde que as obras da Perimetral Oeste começaram, sempre que chove, o esgoto inunda o pátio das residências na Rua Bartolomeu de Gusmão.
A auxiliar administrativa Janice dos Santos da Silva já perdeu as contas de quantas vezes teve que limpar o pátio após a chuva. Porém, além da limpeza, ela também contabiliza o prejuízo que já teve com a invasão do esgoto. “Já perdemos as lajotas da cozinha e também tivemos infiltrações na parte da frente de casa”, relata.
Para conseguir conviver com o problema, Janice precisou se reorganizar dentro de casa. “Não podemos manter a lavanderia e a churrasqueira nos fundos de casa. Tudo tem que ser provisório para mudar de lugar no dia da chuva.”
Foi atrás de soluções
Janice procurou a Prefeitura de Canoas duas vezes nos últimos meses. “Nada se resolve. Já fiz dois protocolos na Central do Cidadão.”
A reportagem de Agência GBC questionou o Executivo Municipal. Em nota, a prefeitura respondeu que á um desnível na via e que o problema não tenha relação com as obras da Perimetral Oeste.
Leia na íntegra a nota da Prefeitura de Canoas
“Há um desnível na rua, trazendo um problema sobre o destino da rede de drenagem da via. Um morador já aceitou doar parte de seu terreno para que a rua tenha saída e o problema seja resolvido em partes. A Prefeitura estava para realizar um contrato com uma empresa que realiza o serviço de microdrenagem, necessário para reconstruir a rede pluvial da referida rua. Por fim, a comunidade da rua está cometendo crime ambiental ao conectar o esgoto na rede pluvial.
Desta forma, não são as obras da Perimetral Oeste que estão causando este problema, mas sim a população por destinar de forma errada seu esgoto. Já o acúmulo de águas é de responsabilidade da Prefeitura de Canoas, que, para resolver, precisa realizar um novo contrato de microdrenagem.”
