Agora o atendimento nos estúdios de beleza começa pela internet

A pandemia do novo coronavírus provocou uma mudança na rotina dos estúdios de beleza. Com as medidas de isolamento, as empresas tiveram que fechar as portas. Com máscara no rosto e álcool em gel na bolsa, os profissionais de beleza começaram a fazer atendimentos em domicílio. Mas, antes, agendavam uma conversa por vídeo para analisar o estado do cabelo, entender o desejo da cliente e já combinar o serviço a ser feito. Tudo para agilizar a visita e ter o menor contato possível durante o período mais complicado de contágio da doença.

Com o fim da pandemia, as clientes voltaram ao salão. Mas a estratégia de começar o atendimento no modo online continua. Esta primeira etapa visa captar os objetivos e necessidades da cliente, além de suas características principais e rotina. Com base nos dados coletados, um profissional especializado em visagismo traça uma estratégia operacional que pode incluir terapias capilares, procedimentos estéticos, dicas de maquiagem e outros serviços de beleza, para a partir daí agendar o operacional, ou seja, o dia no salão.

O sistema híbrido de atendimento chegou para preencher uma lacuna aberta no período pós-isolamento, de acordo com Robson Trindade, mestre e doutorando em visagismo. “A cliente pós pandemia quer otimizar o tempo, mas não é imediatista. Ela quer o melhor resultado, sem perder tempo”, afirma.

De acordo com Trindade, o profissional de beleza deve se especializar para atender esta nova demanda. “É preciso um estudo para elaborar a melhor estratégia para esta cliente. Ela busca mais que estar bonita. Ela quer um visual que expresse quem ela é e acompanhe seu estilo de vida. Por exemplo, que transite bem do escritório, para um curso, para a academia e de lá para um teatro.”

O professor explica que alcançar uma aparência “instagramável” presencialmente, sem filtros, é possível quando o profissional capta a essência da cliente. “O natural é lindo, mas é preciso saber explorá-lo”.

Trindade, além de mestre em visagismo, é professor de cursos técnicos, de graduação, pós graduação e mestrado voltados para a área da imagem e beleza. E salienta a importância da especialização para conseguir atender as expectativas da cliente. “Quem não estudar, vai perder mercado”, prevê o mestre e doutorando – PUC/SP.

De acordo com a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e IBGE, 75% dos empresários de Beleza esperam um resultado melhor este ano em comparação com o ano passado.

“A pandemia impôs perdas, estresse e desgaste físico e emocional à população. É natural que agora, com a situação sob controle, as pessoas valorizem os produtos e serviços que proporcionem qualidade de vida, saúde, momentos de relaxamento”, comenta Carlos Melles, presidente do Sebrae.

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