O prefeito Jairo Jorge participou, nessa segunda-feira (5), de reunião na Casa Civil, juntamente com os prefeitos da Associação e do Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), para tratar sobre o programa Assistir com o Governo do Estado. No encontro, ficou definido que os cortes de recursos estão suspensos até o final de 2023. O prazo previsto inicialmente acabaria em julho.
Com o programa Assistir, os hospitais públicos da Capital e da região metropolitana corriam o risco de perder mais de R$ 200 milhões por ano. Canoas teria a maior perda, com um corte de R$ 85 milhões/ano.
Desde o início da redução, em julho do ano passado, a cidade já perdeu R$ 14 milhões, somadas as perdas do Hospital Universitário e do Hospital de Pronto Socorro. Se o programa for mantido nos mesmos moldes, em outubro do próximo ano, o corte chegará a 50% dos 85 milhões, o que pode levar ao colapso dos dois hospitais e, segundo Jairo, impactará diretamente mais de 130 cidades referenciadas, afetando também o sistema de saúde de Porto Alegre.
A sugestão da Granpal, acolhida pelo Estado, prevê ainda a criação de um comitê técnico para reavaliar a matriz de referência do Assistir e do financiamento dos serviços hospitalares. A expectativa é de que os trabalhos possam ser concluídos até o mês de setembro. Pelo governo estadual, participaram da reunião o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann.
“O momento é de colaboração, mas também de muita luta. Somos totalmente favoráveis ao aumento de recursos para outros hospitais no interior, no entanto, isso não pode acontecer com a retirada de recursos de cidades que têm um papel estratégico no sistema de saúde estadual. Vamos trabalhar fortemente para recuperar nossa saúde através de muito trabalho e de diálogo com os governos estadual e federal”, afirmou Jairo.
