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A Prefeitura de Canoas embargou as obras que estão sendo realizadas na cidade por meio de uma parceria público-privada entre a Corsan e a Metrosul. A medida foi motivada pelos problemas constatados na recomposição asfáltica após as intervenções feitas em ruas de diferentes bairros.
A Secretaria Municipal de Obras (SMO) emitiu notificações à Corsan e à Metrosul, mas, como não houve melhora nos serviços referentes à expansão da rede coletora do esgoto cloacal, a decisão, em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), gestora da política pública de saneamento da cidade, foi suspender as próximas obras até que ocorra um realinhamento entre as partes em toda gestão do contrato.
As ações que já estavam em andamento antes do embargo não serão interrompidas. Apesar de serem obras de grande complexidade, há o entendimento de que a entrega pode ter uma recomposição asfáltica que garanta a mesma mobilidade apresentada antes, segundo o secretário municipal de Obras, Guilherme Molin.
As intervenções realizadas nas vias têm sido alvo frequente de reclamações por parte dos canoenses. Moradora do bairro Harmonia, Liziane da Luz Ferreira, 46 anos, conta que a situação tem gerado impactos negativos no dia a dia. “Temos um problema grave. Depois da obra, cada vez que passa um carro pesado todas as casas estremecem. Mesmo mexendo mais de uma vez, a solução não aparece”, relata.
Além disso, os comércios estão sendo lesados por conta da falta de aviso prévio e comunicação das ações. “Ficaram mais de 14 dias trancando a nossa rua, sem que os carros pudessem passar. A primeira vez que abriram, chegaram com as caçambas e não nos comunicaram nada. Cerca de 80% do asfalto foi piorado, está tudo sem o nível certo”, salienta Juliana Zanetti, comerciante do bairro Niterói.