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A reportagem de Agência GBC circulou pelas ruas do bairro Guajuviras, em Canoas, entre a última quarta (26) e sexta-feira (28) em busca dos vendedores da loteria ilegal ‘Bono a Estrela’. No dia 20 de julho, em uma ofensiva da Polícia Civil, 10 integrantes do esquema foram presos em flagrante por contravenção.
Diariamente, os vendedores andavam com megafones e cartelas pela principal avenida do bairro. “Desde que a polícia levou alguns deles, ninguém mais foi visto vendendo. Porém, uma das meninas que vende os bilhetes e é minha cliente, disse que eles devem voltar na próxima semana”, conta uma comerciante da avenida que pediu para não ser identificada.
Como funciona a loteria
Eram vendidas, diariamente, cartelas de oito números de quatro dígitos por R$ 5. A investigação da Polícia Civil apontou que o público alvo era, em grande parte, comerciantes, donas de casa, motoristas e taxistas que circulam pela região.
Ao comprar os bilhetes, os consumidores eram comunicados como funcionava o sorteio. Ele acontecia, no final da tarde, na frente de uma loja do bairro. A premiação era, em média, de R$ 1,5 mil por dia. Porém, segundo a polícia, o valor costumava acumular.
Na mira da polícia
No dia 20 de julho, seis homens e quatro mulheres foram presos pela Polícia Civil. Destes, sete são colombianos e três brasileiros.
Com eles, os policiais apreenderam nove megafones utilizados para anunciar as cartelas, o aparelho utilizado no sorteio e R$ 1200 em dinheiro. A polícia acredita que o montante é o recurso obtido com as vendas.
Os presos foram enquadrados pelo crime de contravenção.
