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O grupo criminoso que arrombava e furtava veículos em Canoas e em outras cidades da Grande Porto Alegre, que foram alvos de uma operação da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (1), usavam um “Chapolin” para cometer os crimes. O nome do equipamento também foi utilizado para batizar a ofensiva.
Além do “Chapolin”, a investigação da Polícia Civil também apontou que eles tinham outras maneiras para arrombar veículos. São elas: quebrar vídros, danificar as maçanetas das portas e utilizavam chavas “micha”.
Como funciona o “Chapolin”?
De acordo com a Polícia Civil, o aparelho é semelhante a um controle remoto. Na prática, ele “embaralha” os sinais do alarme e destrava os acessos ao veículo para que sejam efetuados os furtos.
Como os bandidos agiam?
Conforme a investigação, os bandidos alugaram carros e adulteravam os sinais identificadores. Com placas falsas, eles usavam os veículos para cometer os arrombamentos e furtos.
Após a parte “operacional” do crime, os bandidos agiam da seguinte forma: com celulares, cartões e notebooks das vítimas, eles realizavam transações bancárias e destinavam os recursos para as contas de outros integrantes do grupo criminoso.
A estimativa da polícia é que os bandidos tenham causado um prejuízo de quase R$ 100 mil para as vítimas de 10 ocorrências.
Líder na cadeia
Um dos líderes do grupo criminoso foi preso em Sapucaia do Sul. Na residência dele, os policiais encontraram uma BMW 2023 avaliada em mais de R$ 300 mil. A suspeita da investigação é que o veículo tenha sido adquirido com recursos provenientes dos furtos cometidos.
Dezenas de ocorrências
A ofensiva é resultado de cinco meses de investigações. Mais de 100 policiais cumpriram 42 ordens judiciais entre mandados de prisão, de sequestro de bens e de busca e apreensão em Canoas, Cidreira, Cachoeirinha, Gravataí, Ivoti, Novo Hamburgo, Parobé, Porto Alegre e São Leopoldo.
Foram presos 11 criminosos. Eles vão responder por furto, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, associação criminosa e receptação. Todos os investigados possuem diversos antecedentes policiais, como furto qualificado, roubo, receptação, estelionato, adulteração de sinal identificador de veículo, entre outros.
Durante a operação, os policiais apreenderam diversos objetos relacionados aos crimes de furto em veículos e uma arma de fogo.
”A Operação Chapolin teve por objeto barrar a reiteração criminosa dos alvos investigados, buscar elementos probatórios que possam determinar a participação de outros envolvidos ou a imputação de outros crimes aos elementos já identificados, além de recuperar objetos furtados e instrumentos do crime. O Delegado ressalta que ações simples podem evitar os furtos, como não deixar objetos visíveis no interior dos veículos, evitar abrir porta-malas com objetos em estacionamentos, pois os indivíduos ficam à espreita, e sempre que possível procurar locais fechados ou que disponibilizem segurança”, afirma o delegado Joel Wagner, titular da 2ª Delegacia de Polícia, que coordenou a ofensiva.