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15 de novembro de 2024

Homens são mortos a machadadas e família assiste tortura ao vivo pelo celular

Eles foram algemados antes de serem brutalmente mortos

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A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (7) a Operação ‘Mar Tirreno’ em Porto Alegre. O alvo é um grupo criminoso do bairro Bom Jesus acusado de torturar e matar rivais.

Segundo a investigação, os bandidos atraiam as vítimas para emboscadas. Em um dos casos investigados, eles usaram duas mulheres que, através das redes sociais, seduziram e convidaram dois integrantes de uma facção rival para uma festa regada a bebidas alcoólicas e drogas.

Ao chegar na casa de uma das mulheres, os dois homens foram surpreendidos por criminosos usando fardas de policiais militares. Eles foram algemados e torturados, antes de serem brutalmente mortos com golpes de machado.

A família dos dois homens assistiram o crime. Os bandidos transmitiram toda a tortura através de uma vídeo chamada.

“A forma brutal com que foi cometido o crime, bem como suas circunstâncias, exigia uma resposta rápida e firme por parte do Estado, visando impedir que uma onda de crimes posteriores em forma de retaliação viessem a ocorrer. Essa resposta foi dada com a Operação Mar Tirreno”, afirma o delegado Eric Dutra, titular da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre.

Mais de 50 ordens judiciais

Com o objetivo de desarticular parte da organização criminosa, mais de 200 policiais cumpriram 52 ordens judiciais, sendo 15 de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre.

Ao todo, foram presos 15 criminosos na manhã desta segunda (7). Outros quatro indivíduos já haviam sido presos no decorrer da investigação. Foram apreendidas armas de fogo, munições, dinheiro e vasta quantidade de drogas prontas para venda. O fardamento policial falso também foi recolhido e encaminhado à perícia.

“O crime organizado sofre um grande golpe por ter autorizado e executado crimes de homicídio e dessa crueldade”, afirma o delegado Mario Souza, que é diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele também frisa que “o objetivo principal é a punição das lideranças que ordenaram esse crime.”

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