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A Polícia Civil realizou em Canoas, a Operação Car Wash, visando desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 17,3 milhões através de uma revenda de carros. A ação, realizada em conjunto com a Brigada Militar (BM), aconteceu também em Viamão, Porto Alegre, Gravataí, Sarandi, Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Garibaldi, Sapucaia do Sul, Estância Velha e Imbituba, em Santa Catarina.
A operação resultou no cumprimento de três mandados de prisão preventiva e 61 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias, móveis e veículos. Outras três prisões em flagrante também ocorreram durante uma ação.
Como o esquema era executado?
De acordo com as investigações da polícia, o dinheiro, que vem do tráfico de drogas, era direcionado para contas de ‘laranjas’, que posteriormente remetiam parte dos lucros para fundos de uma revenda de carros em Viamão, enquanto o restante era usado para aquisição de carros de luxo e drogas.
Ainda conforme a polícia, a revenda de veículos estava a serviço de uma facção e era alimentada pelo dinheiro do tráfico de drogas. Boa parte dos valores eram lavados através do comércio de veículos.
Esquema comandado de dentro da cadeia
De acordo com informações da Rádio Guaíba, o esquema estava sob o comando de Fabiano Barbosa dos Santos, conhecido como “Garotinho”, um dos líderes da facção atuante no Vale do Sinos. Atualmente, ele cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
Durante a Operação Lava Jato, sua esposa, considerada uma figura central no esquema, foi detida. Ela foi encontrada em uma mansão em Novo Hamburgo, sendo considerada o “braço direito” do esquema criminoso.
Mega operação, mega apreensão
A ação resultou no bloqueio de cinco imóveis, avaliados em mais de R$ 4 milhões. Quatro pessoas foram presas, oito veículos e um jetski foram apreendidos, juntamente com R$ 70 mil em dinheiro.