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A operação Senhores do Altomonte deflagrada nesta quinta-feira (30) é resultado de uma investigação que, em um ano e meio, apurou que criminosos pretendiam criar uma nova facção com estatuto próprio. O objetivo era aumentar o lucro oriundo do tráfico de drogas e desviar o foco das autoridades em relação às lideranças já conhecidas.
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Uma das novas regras da facção era a criação de um tribunal do crime. Além disso, eles pretendiam reunir facções menores para dividir as áreas territoriais de Porto Alegre.
Quem era investigado?
De acordo com a Polícia Civil, os alvos da ofensiva são criminosos que atuavam na Vila Cruzeiro e na Vila Jardim. Eles ostentava um poder bélico e promoviam a venda ilegal de armas de fogo. O armamento, que custava entre R$ 3 mil e R$ 100 mil, seria utilizado no confronto entre organizações criminosas que atuam na Capital e em cidades da Região Metropolitana, além de crimes patrimoniais.
Além disso, os policiais apuraram que, mesmo de dentro do sistema penitenciário, os líderes da organização criminosa continuavam comandando o tráfico de drogas e o comércio de armas. Em um ano, com a venda de cocaína, o grupo faturou R$ 50 milhões.
Ofensiva
Mais de 500 policiais participaram da operação coordenada pelos delegados Ana Flávia Leite e Gabriel Borges que são titulares da 1ª e da 3ª Delegacias de Investigações do Narcotráfico, do DENARC. “A operação é de extrema importância para descapitalizar as organizações criminosas que atuam em Porto Alegre e Região Metropolitana”, pontua Ana Flávia.
Borges ressalta que foi “uma grande ofensiva contra o crime organizado gaúcho, fruto de complexos trabalhos investigativos, em que todas as lideranças dos grupos criminosos investigados foram identificadas e responsabilizadas criminalmente.
Foram cumpridas 107 ordens judiciais de busca e apreensão em Canoas, Charqueadas, Arroio dos Ratos, Sapucaia do Sul, Eldorado do Sul, Alvorada, Viamão, Gravataí, Novo Hamburgo, Taquara, Encruzilhada do Sul, Caxias do Sul, Veranópolis, Lajeado, Santa Rosa, Canela e em duas cidades fora do Estado: Florianópolis (SC), Ponta Porã (MS). “Trata-se de uma das maiores operações da Polícia civil em número de mandados de prisão”, reforça o diretor de investigações do DENARC, delegado Alencar Carraro.
Foram presos 61 criminosos, sendo que dois foram capturados em Canoas. Além disso, os policiais apreenderam seis veículos, quatro armas de fogo e dinheiro.
