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Cinco pessoas foram presas durante a Operação Achaque deflagrada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas na manhã desta terça-feira (19).
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A ação é resultado da investigação de uma denúncia feita pelo proprietário de uma casa noturna. Ele registrou ocorrência relatando que teria sido vítima de concussão praticada por um cargo comissionado da Secretaria Municipal de Segurança Pública.
Conforme a ocorrência registrada pela vítima, o crime teria ocorrido entre março e outubro de 2022. O investigado exigia um pagamento semanal para a vítima em troca de liberar o funcionamento do estabelecimento.
Segundo a polícia, o proprietário pagou mais de R$ 35 mil para o CC.
Líder de esquema
Durante a investigação, coordenada pelos delegados Luciane Bertoletti e Marcos Vinicíus, os agentes da 3ª DP concluíram que havia um esquema de concussão e violação do sigilo funcional. O líder era o CC denunciado pelo empresário.
Os policiais apuraram que outro CC também participava do esquema junto com a esposa de um deles e outras pessoas que não trabalhavam como servidores. O objetivo do grupo era arrecadar lucros ilícitos da vítima para manter o estabelecimento aberto.
Violação de sigilo funcional
Além de manter a casa noturna funcionando, o grupo também cobrava para fornecer informações privilegiadas sobre quando seriam feitas ações de fiscalização no local.
Os investigadores foram exonerados em dezembro de 2022 e em maio de 2023. Após as dispensas, o proprietário da casa noturna foi autuado porque o estabelecimento não estava seguindo as regras de fiscalização para funcionamento.
Material apreendido
Os policiais cumpriram 10 ordens judiciais. Os cinco integrantes do grupo foram presos. Foram apreendidos celulares, documentos, extratos bancários, anotações e cartões de banco.
O que dizem os citados?
A reportagem da Agência GBC tenta contato com a Secretaria Municipal de Segurança Pública. A defesa de um dos presos da operação afirma que o cliente é inocente e pontua que o mesmo é vítima do principal investigado. Segundo o advogado William Alves, o cliente teve o nome utilizado para cobrar empresários em troca de liberações de alvarás de funcionamento.