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04 de dezembro de 2024

Organização Mundial da Saúde diz que epidemia de dengue pode ser a pior da história

Mudanças climáticas podem favorecer a dispersão do mosquito vetor da doença

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De acordo com declaração feita pelo OMS (Organização Mundial da Saúde) na última quinta-feira (28), este ano pode ser a pior epidemia da dengue de todas história.

Durante uma entrevista para jornalistas, a organização informou que, até o dia 26 de março de 2024 já foram registrados 3,5milhões de casos de dengue nas américas, dentre elas mais de mil mortes.

O ano passado inteiro, foi registrado 4,5 milhões de casos. Sylvain Aldighieri, diretor do departamento de prevenção, controle e eliminação de doenças da Opas, braço pan-americano da OMS, afirma que os dados demonstram que o ano de 2024 deve concentrar o maior registro de casos a nível regional.

A organização afirma que o aumento de casos é observado em toda América Latina e caribe, porém três países são os primeiros e mais preocupantes cenários pela doença: Brasil, Paraguai e Argentina, que representam 92% dos casos e 87% das mortes relacionadas ao vírus.

A doença segue um padrão sazonal e, por isso, a maior parte da sua transmissão acontece no primeiro semestre do ano. “No Sul, os primeiros meses do ano correspondem à estação mais quente e chuvosa, quando se observa maior circulação do principal vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti”, disse Jarbas Barbosa, diretor da Opas.

Barbosa alertou que a vacina da dengue, que foi desenvolvida e vem sendo aplicada no Brasil desde o início de fevereiro, não vai resolver o problema a curto prazo. Isso porque o imunizante disponível requer duas doses e são necessários três meses de intervalo.

“Estudos demonstram que oito anos de vacinação poderiam ser capazes de causar impacto na transmissão da dengue. A grande ferramenta de controle segue sendo a eliminação dos criadores do mosquito, seja no domicílio das pessoas, seja em ambientes públicos como parques, praças e comércios”, disse o diretor.

A OMS reitera que mudanças climáticas podem favorecer a dispersão do mosquito vetor da doença, como tempestades e inundações.

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