Onde está a Williams de Senna?

Na data em que a morte do piloto completa 30 anos, a pergunta circulou pelas redes sociais

Onde está a Williams de Senna? Nesta quarta-feira, 1° de maio, data em que a morte do piloto completa 30 anos, a pergunta circulou pelas redes sociais. 

O GP de San Marino de 1994, onde aconteceu o acidente fatal, era a terceira corrida de Ayrton Senna pela equipe inglesa. Em uma curva do circuito de Ímola, na Itália, FW16 conduzido pelo brasileiro se chocou em uma parede de concreto. O carro estava a mais de 200km/h no momento da colisão

Na época, uma das principais hipóteses para o acidente, seria a ruptura da coluna de direção do carro. A alegação era que Senna estava desconfortável no cockpit e que, por isso, os engenheiros da equipe teriam decidido alterar o ângulo da barra. Para isso, eles soldaram um tubo de menor espessura entre as duas partes da barra. 

Com a ruptura, a barra de suspensão bateu na viseira do capacete do piloto e, em seguida, em sua testa

Mas, em entrevista ao UOL, o médico italiano Alessandro Misley, afirma que a soltura da barra não seria suficiente para matar Senna. “De fato, um pedaço da suspensão entrou pelo capacete e provocou uma lesão a nível frontal de poucos centímetros, o que, claro, não é inócuo. Mas, com certeza, não foi esse o problema a provocar a morte de Senna, mas sim a fratura da base do crânio, devido ao forte impacto causado pela desaceleração. A lesão da barra de suspensão é secundária e não letal. (Se fosse só ela), Senna estaria vivo.”

Em estado grave após o acidente

O médico ainda relembra como foi o primeiro atendimento ao piloto que estava em estado grave na pista. “Infelizmente, a situação logo se transformou em dramática, porque Ayrton teve lesões na cabeça, na cervical e na base do crânio. Instantaneamente, ele ficou inconsciente. Os sinais vitais estavam alterados. Todas as condições não indicavam nada de bom. Tinha saído sangue da boca e do nariz, e, infelizmente, havia matéria cerebral (espalhada). Ainda assim, fizemos várias tentativas de aspiração, ventilação e oxigenação”, lembrou.

Após o atendimento na pista, o brasileiro foi levado para o Hospital Maggione, em Bolonha, onde a mote foi confirmada

Atualmente, onde está a Williams de Senna? 

Em 2019, o piloto brasileiro Antonio Pizzonia revelou em entrevista a Rádio Diário que o FW 16 de Ayrton Senna foi destruído

“Eu estava na fábrica no momento em que Frank Williams deu a ordem para a destruição. Ele não queria aquela recordação do acidente e da morte de Senna porque se considerava culpado”, conta. 

Pizzonia, que foi piloto de testes da Williams por três anos até 2005,  contou que estava na sede da equipe, em Londres, quando o carro chegou em março de 2002. “Frank Williams repetia ‘eu o matei, eu o matei’, depois do acidente. Demorou muito para que ele se convencesse de que se tratou de fatalidade.”

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