Dos 629 mil pedidos para receber o Auxílio Reconstrução, destinado às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul, 1.262 pedidos foram feitos em nome de mortos. Em Canoas, foram registrados 76 casos desse tipo. Além disso, cerca de 300 mil pedidos estão sendo revisados devido a irregularidades.
No entanto, apenas as famílias diretamente afetadas pela cheia de abril e maio têm direito ao Auxílio Reconstrução.
As prefeituras são responsáveis por coletar os dados e enviá-los ao governo federal, que realiza a análise e faz o repasse do valor do auxílio.
A fim de evitar as fraudes, o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta (PT), afirma que há dois mecanismos. O primeiro é a sugestão de publicar o nome, CPF e endereço de todos que já receberam o auxílio.
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O segundo, de acordo com Pimenta, é o cruzamento de dados do Censo, contas de luz, água, além dos registros do SUS e CadÚnico.
“É lamentável que numa situação como essa a gente tenha que enfrentar essa tentativa de fraude, que é tirar o dinheiro das pessoas que mais precisam”, diz Pimenta.
Fraude no Auxílio Reconstrução em Canoas
Em Canoas, uma das cidades mais atingidas pelas cheias no estado, 76 pedidos de Auxílio Reconstrução constam com nome de titulares mortos. Entre os pedidos, um homem que estava preso fez o pedido do benefício alegando ter perdido a casa na cheia do bairro Harmonia. Porém, ele estava preso durante as chuvas de maio.
Além disso, ele forneceu informações falsas para tentar receber o auxílio.