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07 de setembro de 2024

Quebra de sigilo bancário mostra que Nego Di não doou R$ 1 milhão para vítimas da enchente

Nego Di está preso desde o dia 14 de julho

A quebra de sigilo bancário do influenciador Nego Di, preso desde o último domingo (14), mostra que ele não doou R$ 1 milhão para as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. Os documentos mostram que, na verdade, a doação foi de apenas R$ 100.

Na ocasião, Nego Di anunciou que teria feito uma doação de R$ 1 milhão e cobrou que outras celebridades também realizassem doações. Entre elas, por exemplo, estava Xuxa.

“Galera, gostaria de compartilhar com vocês uma decisão que a gente tomou aqui em casa hoje, minha patroa e eu. A gente conversou bastante e, eu fiz uma escolha que não foi fácil, confesso para vocês, mas a gente fez essa escolha de coração. Decidi doar R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul. Mandei R$ 1 milhão para a vaquinha do meu parceiro Badin, que já estava em R$ 50 milhões”, declarou na época em publicação nos stories.

A Band RS divulgou a informação sobre a quebra do sigilo bancário.

O Ministério Público informou que só irá se manifestar sobre o assunto após a análise dos documentos apreendidos durante cumprimento de mandado nas residências de Nego Di. Por fim, a plataforma Vakinha não fala sobre o assunto devido à Lei Geral de Proteção de Dados.

Prisão

A prisão de Dilson Alves da Silva Neto é referente ao inquérito que apura casos de estelionato. Conforme a Polícia Civil, o influenciador é suspeito de lesar, pelo menos, 370 pessoas, com a venda de produtos que nunca foram entregues. As vítimas realizavam compras através da loja virtual “Tadizuera” que funcionou entre março e julho de 2022. Na época, uma determinação da Justiça retirou a página do ar.

Anderson Boneti, sócio de Nego Di na empresa, também teve a prisão decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Em nota, os advogados de Nego Di afirmaram que “a defesa está tomando todas as medidas legais cabíveis”. (leia mais abaixo)

Investigação

Na época, Nego Di realizava a divulgação da loja em seus perfis nas redes sociais. Ele o sócio vendiam eletrônicos como, por exemplo, aparelhos de ar-condicionado e televisores. Muitos produtos eram anunciados por preços abaixo do praticado no mercado.

Parte dos compradores, pagaram pelo produto, mas nunca receberam. Muitos denunciaram o caso para a Polícia Civil. A investigação apontou que não havia estoque e que o influenciador enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, mesmo sabendo que não seriam. Além disso, ele teria movimentado o dinheiro obtido com as vendas. Com a quebra de sigilos, a movimentação financeira passou de R$ 5 milhões.

Ainda, conforme a polícia, 370 clientes registraram a ocorrência. Porém, a suspeita é de que o número de vítimas seja maior.

Nota da defesa de Nego Di

Por nota, assinada os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, se pronunciaram sobre a prisão.

“Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.

Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.

Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.

Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prév

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