A Polícia Civil confirmou na manhã desta sexta-feira (9) a prisão preventiva do casal de influenciadores de Canoas investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar através de rifas virtuais. Eles foram alvos, na última terça (6), da Operação Dubai.
Conforme a polícia, em nota, “houve reiteração de conduta criminosa.” A investigação constatou que foram feitas novas rifas de um dos veículos apreendidos durante a operação.
A reportagem da GBC tenta contato com a defesa do casal de influenciadores.
Casal de influenciadores preso em Canoas: entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos realizavam sorteios de casas, apartamentos, motos, dinheiro e carros de luxo. Para isso, eles vendiam nas redes sociais, cotas em valores irrisórios. A divulgação era feita pelas redes sociais dos influenciadores.
Ainda, conforme a investigação, os prêmios eram entregues. Porém, sempre para pessoas próximas aos investigados.
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— Agência GBC (@AgenciaGBC) August 6, 2024
Lavagem de dinheiro e vida de luxo
Os policiais apuraram uma lavagem de dinheiro cometida pelos investigados. Conforme a polícia, eram realizadas movimentações milionárias nas contas dos investigados. Os valores eram misturados com outros, superfaturados por empresas dos suspeitos que prestam serviços ou vendem outros produtos
Além disso, os policiais também apuram a propriedade de bens que não estão no nome dos investigados. Eles, de acordo com a polícia, ostentavam vida de luxo nas redes sociais.
Operação Dubai
Um dos influenciadores foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo durante a operação na última terça, 6 de agosto. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do investigado, os policiais encontraram uma arma calibre .380. Além disso, foram apreendidos mais de 20 veículos, passaportes, dinheiro em espécie e outros objetos.
Ainda, segundo a polícia, o influenciador foi liberado após pagar fiança.
A ação foi realizada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas e pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD/Deic).
O que diz a defesa
A defesa do casal se manifestou por meio de nota.
“A defesa conduzida pelos advogados André Callegari e Marília Fontenele afirmam o seguinte:
1. Todos os prêmios foram entregues e há comprovação documental disso.
2. A operação estava regular e legalizada. Não há nada de ilícito quando o sorteio é feito através de títulos de capitalização.
3. A defesa considera a medida de prisão extrema e desnecessária diante dos fatos supostamente imputados. Havia uma determinação de cautelares alternativas à prisão que sequer foram implementadas por falha da polícia. Em seguida e sem necessidade foi decretada a preventiva. Por isso pediremos a liberdade.”