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Canoas
21 de novembro de 2024

Tradicional empresa de Canoas pede falência

Antes de pedir falência, a empresa já havia pedido recuperação judicial. Confira na reportagem abaixo mais detalhes

Tradicional indústria de alimentos de Canoas, a Pavioli pediu falência após a enchente de maio. A fábrica da empresa, que estava em recuperação judicial, foi totalmente inundada no bairro São Luís.

Em 2023, a indústria já tinha pedido uma segunda recuperação judicial para renegociar mais de R$ 20 milhões em dívidas, conforme apuração da GBC na época. O primeiro pedido foi feito em 2013.

Tradicional empresa de Canoas pede falência: Empresa se preparava para mudar de endereço antes da enchente

Em entrevista a GZH, a advogada Adriana Dusik Angelo do escritório Crippa Rey Advogados, que assessora a empresa no processo, relatou que a empresa pretendia transferir a produção para Cachoeirinha. O motivo eram as dívidas de aluguel com o proprietário do prédio em Canoas.

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Porém, em maio, a enchente invadiu o local. Nesse período, de acordo com Adriana, o imóvel foi retomado na Justiça e os donos da Pavioli não conseguiram acessar o local para contabilizar os prejuízos. Os equipamentos de produção seguem no prédio.

Agora, após a Justiça aceitar o pedido de falência, os ativos da empresa deverão ser leiloados para quitar as dívidas.

Pedidos de falência dobram no RS

Dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul mostram que o dobrou o número de falências em 2024. Nos primeiros seis meses foram 30 pedidos decretados, contra 16 do mesmo período de 2023.

Aumento de quase 200%

De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, o Rio Grande do Sul registrou um aumento de 188% nos pedidos de recuperação judicial no primeiro semestre de 2024 no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em 2023, foram registrados 27 pedidos.

Conforme Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial em entrevista ao Poder 360, esse aumento está ligado a dois fatores: a enchente de maio e o ciclone de setembro de 2023.

“O Rio Grande do Sul vive um momento preocupante no cenário econômico, com o maior número de pedidos de recuperação judicial de empresas desde 2019. Esse salto significativo supera os níveis observados durante a pandemia, em 2020, e destaca o impacto devastador das recentes crises climáticas”, pontua o especialista.

Recorde no Brasil

Ainda, conforme dados da Serasa Experian, foram registrados 228 pedidos de recuperações judiciais em julho de 2024. Esse número é recorde para o mês desde o inicio da série histórica em 2005.

Além disso, o número de julho representa uma alta de 123,5% em comparação ao mesmo período com 2023. No ano passado, a Serasa Experian contabilizou 102 pedidos de recuperação judicial.

Por fim, o número também preocupa no comparativo com junho de 2024. O número de pedidos cresceu 28,8%¨.

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