Deolane Bezerra, advogada criminalista, influenciadora e empresária, publicou no início da tarde desta quarta-feira (4), uma carta aberta em resposta à sua prisão preventiva, decretada horas antes. A polícia a investiga por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa que atua em jogos de azar ilegais e lavagem de dinheiro.
“Estou sofrendo uma grande injustiça”, afirmou Deolane na carta escrita à mão. “É evidente o preconceito e a perseguição contra mim e minha família, mas isso só vai reforçar que eu não pratico e nunca pratiquei crimes”, declarou. Ela ainda brincou: “jajá tô aqui de novo. Exquece que a mãe tá enjaulada.”
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“Exquece que a mãe ta enjaulada”, diz Deolane Bezerra em carta aberta sobre prisão: mãe da influenciadora também foi presa
Além disso, as autoridades também prenderam sua mãe, Solange Alves Bezerra, nesta quarta. A polícia apreendeu bens de Deolane em sua casa em São Paulo. Durante as férias em Pernambuco, seu estado natal, Deolane foi detida. Na carta, ela demonstrou profunda preocupação com sua mãe: “Confesso para vocês que estou destruída ao ver minha mãe passar por tamanha humilhação.”
Mais cedo, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, afirmou que a família está sendo perseguida. O escritório Adelia Soares Advogados, responsável pela defesa de Deolane, se manifestou nas redes sociais, garantindo que estão tratando todas as questões legais com a seriedade e transparência necessárias.
“Drª Deolane Bezerra confia plenamente na Justiça e está à disposição para colaborar com as autoridades competentes, visando esclarecer todos os fatos”, afirmou a nota oficial.
Entenda o Caso
Na manhã desta quarta-feira, 4, a Polícia Civil de Pernambuco prendeu Deolane Bezerra, 36 anos, durante a operação “Integration”. A ação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa envolvida em jogos de azar ilegais e lavagem de dinheiro. Além disso, as autoridades também prenderam sua mãe, Solange Alves Bezerra.
A Polícia Civil pernambucana explicou que a operação cumpre 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, incluindo o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além disso, bloquearam ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. As ações ocorrem em Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife. Além disso, as autoridades adotaram medidas como a entrega de passaportes e o cancelamento do porte e registro de armas de fogo.
As investigações começaram com a apreensão de R$ 180 mil em dezembro de 2022 e agora estão em sua terceira fase, focada no esquema de lavagem de dinheiro gerado por jogos de azar. A operação, vinculada à Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), conta com a participação de ao menos 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.